Diário do Alentejo

Docente do IPBeja distinguida por estudo científico

01 de abril 2023 - 10:00
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Patrícia Santos tem 39 anos e é natural de Santiago do Cacém. É docente do Departamento de Saúde do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), licenciada em Terapia Ocupacional, mestre em Neuropsicologia e aluna do doutoramento em Engenharia Biomédica da NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA.

 

Recentemente conquistou o “Best paper award” da Seventh International Conferece on Informatics and Assistive Technologies for Health-Care, Medical Support and Wellbeing (Healthinfo 2022), com o artigo sob o tema “Analisys of upper limb contraction pattern using electromyographic signal during activities of daily living: a pillot study”.

 

 

Texto José Serrano

 

 

De que forma nos pode resumir este seu artigo científico premiado?

Este artigo foca-se na importância de se obterem dados mais precisos, através de equipamentos tecnológicos de recolha de parâmetros fisiológicos, nomeadamente, dos padrões de contração do membro superior em indivíduos saudáveis. Este conhecimento possibilita uma melhor compreensão e avaliação dos movimentos realizados durante as atividades de vida diária em situações patológicas, uma vez que os métodos convencionais de avaliação não fornecem dados objetivos e padronizados sobre o desempenho dos pacientes durante as referidas atividades. Para tal, desenvolvemos um estudo cujo principal objetivo foi caracterizar o padrão de contração de alguns dos músculos do membro superior em diversos tipos de atividades da vida diária e testar um protocolo experimental desenhado para o efeito.

 

Qual a importância desta distinção?

Este prémio é um reconhecimento por todo o trabalho desenvolvido até aqui, não só por mim, mas por todos os que contribuíram para atingir este resultado, dos quais destaco o importante papel das professoras Cláudia Quaresma e Carla Quintão, do Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT NOVA), professoras orientadoras do meu doutoramento.

 

Constitui esta sua comunicação académica, que surge do trabalho que está a desenvolver no âmbito do seu doutoramento, um passo evolutivo no tratamento de alguma patologia?

Sim, este artigo está dentro da linha de investigação que estou a seguir no âmbito do meu doutoramento. Permitiu desenvolver e testar um protocolo de aplicação de equipamento tecnológico de recolha de biosinais, em áreas inovadoras, que não tinham sido estudadas até então. O foco desta linha de investigação é o desenvolvimento de um dispositivo que consiga monitorizar parâmetros fisiológicos e biomecânicos do membro superior e, posteriormente, aplicar em indivíduos com patologias neurológicas.

 

Permitir-lhe-á esta distinção ter ao dispor novos apoios para desenvolver a sua investigação científica?

Temos contado com o apoio de fundos nacionais da Fundação para a Ciência e Tecnologia, através do projeto “The Laboratory for Instrumentation, Biomedical Engineering and Radiation Physics” da FCT NOVA, contudo, é uma forma de reforçar todo o apoio prestado.

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