Os resultados do programa +Sucesso Educativo no Baixo Alentejo, relativamente ao ano letivo 2021/2022, foram apresentados esta semana, no auditório do Nerbe – Associação Empresarial do Baixo Alentejo. Na sessão, representantes das instituições que constituem o projeto, tiveram oportunidade de ouvir e conversar com Carlos Neto, professor Catedrático da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, respeitado como um dos maiores especialistas na área da brincadeira e do jogo no desenvolvimento das crianças.
Texto José Serrano
No âmbito do projeto +Sucesso Educativo no Baixo Alentejo, implementado em 2020, que tem como objetivos principais aumentar as taxas de sucesso escolar e reduzir os níveis de abandono escolar nos 13 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), foram apresentados, dia 19, em Beja, os resultados deste programa educativo, relativamente ao ano letivo 2021/2022.
A sessão contou com a presença de representantes das instituições que constituem o projeto (Cimbal, Agrupamentos de Escolas da rede do Ministério da Educação, Escolas Profissionais, Instituto Politécnico de Beja e Centros de Formação de Professores) e diversos convidados.
Uma das atividades/projetos que mereceu referência nesta apresentação foi o Projeto Hypatiamat, implementado nos municípios da Cimbal, no ano letivo 2020/2021, centrado na matemática, desde o 1.º ao 9.º ano de escolaridade, como resposta “à preocupação crescente, junto da comunidade educativa”, quanto ao desempenho escolar na disciplina, capitalizando o “gosto natural que os alunos têm por ambientes digitais”. A parte mais visível deste projeto é uma plataforma online (disponível em https://www.hypatiamat.com) com inúmeras aplicações interativas, envolvendo os alunos, as famílias e a escola.
De acordo com responsáveis da Cimbal, os resultados obtidos, através deste projeto, “são bastante encorajadores” com os alunos a demonstrarem percentagens de acertos crescentes (de 68 por cento em 2020/2021 para 73 por cento em 2021/2022), com “mais de 1,5 milhões de tarefas resolvidas pelos alunos nos últimos dois anos letivos”.
Outra das referências, na sessão, foi o Observatório de Educação Cimbal, iniciado em 2021, que, através de uma plataforma de gestão de informação articulada e partilhada entre agrupamentos de escolas, escolas profissionais e municípios, possibilita múltiplas dimensões de análise, capazes de monitorizar o sucesso educativo das escolas, “de forma a permitir às equipas de docentes a avaliação recorrente do mesmo, e a identificação, em tempo útil, de ações de minimização do insucesso”. De acordo com responsáveis da Cimbal, o projeto – “apesar do contexto seriamente afetado pela pandemia e por um conjunto de alterações de equipas de projeto nos municípios e escolas decorrentes dos vários processos eleitorais ocorridos” – tem cumprido os objetivos fundamentais definidos, “estando hoje em utilização recorrente” em cada agrupamento de escolas e escolas profissionais dos treze municípios da região”.
No próximo ano letivo “o esforço das equipas de projeto estará focado na consolidação dos novos processos de gestão de informação, na partilha de melhores práticas no âmbito da rede Cimbal, e na otimização dos processos de monitorização do sucesso dos alunos”.