Diário do Alentejo

“Quando canto tenho a preocupação de fazer o público desfrutar”

22 de julho 2022 - 10:00
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Martim Helena tem 14 anos, é natural de Beja e no próximo ano frenquentará o 9.º ano de escolaridade na Escola Básica de Santiago maior, em Beja. Participou no grupo etnográfico Rouxinóis do Alentejo e no projeto Cante Novo, criado propositadamente para o Festival B. Tem como maiores referências musicais António Zambujo e Salvador Sobral. Atualmente é um dos finalistas, de entre cinco milhaes de concorrentes, que irão disputar o primeiro lugar no programa televisivo The Voice Kids. Agora prepara-se novamente para se apresentar ao país, na grande final na RTP1.

 

Texto José Serrano 

 

Estava no grupo dos melhores 24 candidatos do The Voice Kids. Qual o segredo desta sua participação, que tem motivado tantos elogios?

Não existe nenhum segredo, procuro apenas cantar com emoção e de acordo com o tema que estou a interpretar. Os elogios têm a ver com isso e com o facto da minha voz, com características próprias, se distinguir das restantes. 

 

Como descreve esta experiência musical, pela qual está a passar?

Sinto que estou a ter uma experiência importante para o meu futuro, sobretudo porque estou a conviver e a aprender com pessoas que sabem muito de música e me transmitem confiança e conhecimentos – é o caso do Carlão [músico, um dos quatro elementos do júri do programa], que é uma pessoa superespecial. E é também uma experiência divertida, porque o programa, onde tenho feito novos amigos, funciona como uma família.

 

O que sente quando atua para uma plateia televisiva tão imensa?

A minha maior preocupação é o respeito pelas músicas que interpreto, ter o cuidado de cumprir com o melhor que sei. E tenho, também, a preocupação de fazer o público desfrutar e sentir o que eu sinto, quando canto. Para mim, a reação do público é o mais importante.

 

Faz parte de um grupo de alentejanos que tem tido bastante sucesso, em programas musicais. De onde vem esta aptidão para se conquistar o país, através da música?

O cante alentejano é nisso muito importante – dá-nos uma característica distinta, na voz. Convivemos com a nossa tradição, desde muito cedo, através do cante na escola e temos aulas de música, que nos estimulam muito. 

 

Está revelado “o que quer ser quando for grande” – artista, cantor – ou ainda é muito cedo para ter certezas?

Ainda é cedo para pensar nisso. Por agora estou concentrado nos estudos, na escola. Mas a música é fascinante e o desejo de poder ter uma carreira musical, no futuro, está sempre presente. 

  

É para ganhar?

Estar entre os melhores e participar nas galas em direto já é um grande feito. Inscreveram-se 4700 concorrentes, a nível nacional, e eu já me sinto muito feliz por estar nesta fase. Quando chegas a uma fase tão avançada do programa é natural que aumente esse sonho de vencer. 

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