Diário do Alentejo

“Orgulhamo-nos muito da nossa identidade”

07 de junho 2022 - 12:30

As Oficinas de Formação e Animação Cultural, em Aljustrel, são uma infraestrutura municipal cuja atividade se rege pelo princípio de proporcionar iniciativas de caráter inovador e que diversifiquem a oferta cultural. Colaboram com projetos culturais e artísticos e contribuem para a dinamização social. Ao longo destes 15 anos, o espaço tem acolhido trabalhos de dezenas de artistas e recebido a visita de centenas de visitantes. Esta é uma infraestrutura dedicada às artes e que tem contribuído para oferecer aos cidadãos momentos culturais e formativos.

No âmbito desta celebração, de 15 anos,  o “Diário do Alentejo” falou com Paula Lampreia, vereadora do município, com o pelouro da Cultura.

 

Texto José Serrano

 

Podemos dizer que 2007 marca um “antes” e um “depois”, em Aljustrel, no que à literacia cultural e artística diz respeito?

Aljustrel sempre foi uma terra com uma elevada literacia cultural e artística. São exemplo disso nomes como Brito Camacho, Adeodato Barreto, Luís Amaro, António Lobo Almada Negreiros, Maria de Portugal Dias e Luís Afonso. A atividade cultural sempre foi intensa e resultante do conjunto de vários espíritos inquietos. Orgulhamo-nos de fazer parte de uma terra que não se acomoda e que tem sede de saber e de criar. As Oficinas de Formação e Animação Cultural vieram proporcionar um espaço de encontro, onde se pode fazer, mostrar e aprender. E onde cabem diferentes artes e visões. A população tem, desde 2007, uma ferramenta ao seu serviço, que tem contribuído para continuar a despertar, em diferentes gerações, o gosto pela cultura.

 

Como tem sido a relação entre os munícipes, das várias faixas etárias, e as Oficinas de Aljustrel?

O espaço Oficinas tem contribuído muito para a formação de novos públicos. Ao longo destes anos houve sempre a preocupação de envolver diferentes faixas etárias e de diversificar o tipo de atividades. Nesta infraestrutura cruzam-se diferentes gerações e consideramos que isso tem fomentado o enriquecimento coletivo. Orgulhamo-nos muito da nossa matriz cultural, da nossa identidade, e a transmissão de saberes e de valores também tem aqui lugar. Tem sido uma relação profícua e rica para todos, onde a partilha é encarada como um pilar estruturante na comunidade.

 

E qual tem sido, de uma forma geral a importância económica/social, das Oficinas, para Aljustrel?

Consideramos que contribuem para a movimentação de pessoas. Têm acolhido dezenas de artistas e de visitantes, de diferentes proveniências. Recebem exposições, workshops, ateliês, concertos, palestras... O fluxo de gente é grande, até porque este espaço tem acoplado uma residência que permite oferecer condições de permanência a quem, a partir daqui, desenvolve as suas criações artísticas. Têm contribuído, por isso, sem dúvida, para o desenvolvimento económico e social no concelho e ajudado a divulgar e a afirmar o nome de Aljustrel além-fronteiras.

 

Que comemorações tem o Município de Aljustrel previstas, para celebrar estes 15 anos?

As comemorações já arrancaram, vão estender-se ao longo do ano e não se restringem apenas ao espaço físico das Oficinas de Formação e Animação Cultural de Aljustrel. A nossa intenção é levar as Oficinas ainda a mais pessoas e, ao mesmo tempo, dinamizar outros espaços públicos de fruição. Destaque, entre outras atividades, para várias exposições, para momentos musicais, mas também para ateliês de escultura, de pintura, de teatro e para aulas de meditação e de reiki. Recorde-se que este é um espaço cultural ao serviço das pessoas e para as pessoas e que tem, ao longo destes 15 anos, proporcionando iniciativas de qualidade, gratuitas, afirmando-se no panorama regional, nacional e fora do país. 

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