A Santa Casa da Misericórdia de Beja (SCMB) vai construir 40 novas habitações sociais na cidade, num total de cerca de quatro milhões de euros (ME), para responder às necessidades, já que as que possui estão ocupadas.
O provedor da SCMB, João Paulo Ramôa, diz que o projeto integra a Estratégia Local de Habitação (ELH) de Beja, promovida pela Câmara e que tem a instituição social como parceira, envolvendo um investimento total de 29 milhões de euros.
“Entendemos que esta seria uma oportunidade” para “ampliarmos o nosso parque habitacional social, porque também sentimos muitas solicitações para habitação”, justifica o provedor.
De momento, a SCMB conta com “60 habitações sociais”, número que fica aquém das necessidades da instituição, já que, muitas vezes, os imóveis ficam cedidos “por 30, 40 ou 50 anos”.
“Não temos uma única habitação social disponível face às necessidades para as quais somos solicitados”, afiança. Perante esta realidade, a SCMB vai avançar com a construção de 40 habitações sociais numa parcela de terreno de que é proprietária no Bairro dos Moinhos, na zona noroeste da cidade.
O investimento está avaliado em quatro milhões de euros e poderá vir a ser financiado “a 100%”, em função da execução e dos fundos disponíveis no âmbito do programa 1.º Direito, lançado pelo Governo.
O projeto da Misericórdia de Beja prevê a construção de 24 habitações de tipologia T1 e de 16 T2. Estas “serão duas bandas de habitação, com rés-do-chão e primeiro andar”, explica João Paulo Ramôa, que espera que a empreitada avance “em 2023” e esteja concluída “em 2024”.
“Já temos os projetos de arquitetura aprovados e, dentro de um mês, teremos os projetos de especialidade. Depois, é lançar concurso e fazer a adjudicação, pois, temos de cumprir com as regras da contratação pública a 100%”, acrescenta.
A par dos trabalhos de construção, a SCMB está a desenvolver o regulamento que vai definir os critérios para a atribuição das novas habitações sociais. Contudo adianta que quer “um espaço que seja o mais multicultural e multigeracional possível” e “ter ali uma população o mais heterogéneo possível”.
Além da construção de novas habitações sociais, a SCMB vai igualmente “retirar fibrocimento de 17 casas” que são sua propriedade, “construídas nas décadas de 70 e 80” do século passado em 2023.