Manuel ValadasPorta-voz do Movimento de Cidadania Melhor Alentejo
No próximo dia 12 vamos saber quais são os presidentes das 14 câmaras municipais do Baixo Alentejo.
Acreditamos que as alentejanas e alentejanos vão eleger aqueles que no seu programa estabeleceram um compromisso sério e de verdade com os seus munícipes.
Relembramos os três pontos importantes que indicámos na semana passada no “Diário do Alentejo”:
1. Aeroporto internacional de Beja – estrutura aeroportuária do Alentejo;
2. Ferrovia no Baixo Alentejo – reabrir a Linha do Alentejo, Beja/Ourique/ /Funcheira. Construir o ramal Beja/aeroporto e o Ramal Beja/Moura;
3. O maior lago artificial da Europa tem de produzir diversos bens alimentares. Os preços estão a aumentar todos os meses. Mais de 64 por cento dos bens alimentares nas cadeias de supermercados em Portugal vêm de Espanha.
Quais as razões que impediram a concretização destes objetivos nos últimos 20 anos?
1. Falta de vontade política dos sucessivos governos para tratar de uma região que poderia estar a crescer (PIB) a dois dígitos anualmente desde 2005;
2. Durante o período 2001/2021 perdeu 14,3 por cento da sua população;
3. Os senhores presidentes de câmara do Baixo Alentejo, individualmente, não têm condições para conseguir que as decisões estruturantes para o Baixo Alentejo aconteçam, porque só o Governo da República o poderá fazer.
Como poderemos resolver a situação no Baixo AlentejoSugerimos:
As 14 câmaras municipais podem preparar em conjunto um plano estrutural para o Baixo Alentejo que poderá provar que é possível mudar o paradigma da região se a ferrovia e o aeroporto internacional de Beja operarem de harmonia com os novos desafios e oportunidades existentes na região.
O investimento na ferrovia, 86 por cento, é a fundo perdido. Temos dinheiro, só falta a decisão do Governo.O plano deverá ser aprovado e assinado pelos senhores presidentes de câmara do Baixo Alentejo.
Este documento poderá ser entregue em reunião específica a realizar em Beja com a presença dos ministros da Agricultura, Ambiente, Infraestruturas e Coesão Nacional.
Finalmente, os munícipes vão ver que todas as câmaras municipais estão empenhadas em construir as soluções que o Baixo Alentejo necessita desde 1995.Depois da reunião com os senhores ministros, consideramos muito importante a realização de uma conferência de imprensa para divulgar o plano estrutural para o Baixo Alentejo.
De três em três meses deverá ser realizada uma conferência de imprensa para dar notícias, aos munícipes, sobre o plano estrutural para o Baixo Alentejo.Sugestão:
Seria aconselhável existir no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) um pequeno grupo de trabalho com quatro pessoas altamente especializadas nas áreas de Economia e Finanças, Marketing Estratégico, Digitalização e um gestor de excelência. Este grupo de trabalho deveria preparar documentação e projetos e ter como missão ir aos eventos importantes na Europa e tentar captar empresas e empresários para investirem no Baixo Alentejo.
Temos de trazer mais e melhores empresas para o Baixo Alentejo. São as empresas que criam emprego e riqueza para a região. O Baixo Alentejo precisa dos jovens para que eles fiquem no Alentejo e constituam família para que os seus filhos possam desfrutar de um melhor Alentejo.Temos de evitar que os nossos netos nos digam: “Avô e avó, por que não fizeste nada pelo Baixo Alentejo? Tive de emigrar para outro país!”. A nossa região continua a ter o PIB per capita mais baixo em relação às outras três regiões do Alentejo.Basta: chegou a hora, é preciso agir, trabalhar mais e melhor. O Baixo Alentejo precisa de “todos, todos”.