Texto Dinis Cortes
A águia-real (Aquila chrysaetus) é uma ave de rapina de grandes dimensões que ocorre na área do Baixo Alentejo, fundamentalmente, nas zonas mais interiores e raianas onde persistem zonas de maior arborização e relevos mais pronunciados que constituem os ecossistemas e habitats para a nidificação preferenciais desta espécie.
Ocorre, igualmente, nas amplas zonas abertas onde escolhe os seus territórios de caça, como a zona do Campo Branco, Reserva da Biosfera, em Castro Verde.
Alimenta-se, fundamentalmente, de mamíferos, como o coelho, lebre e mesmo outros de maior porte, como crias de javali ou veado, e também acorre, por vezes, a zonas de alimentação de necrófagos com carcaças de animais de maior porte. Também pode predar aves como a perdiz ou outras de médio porte e grandes répteis como a cobra- -rateira ou o lagarto-ocelado.
Possui um tom geral acastanhado com a área da cabeça de um tom mais arruivado.
A fêmea é de maior porte do que o macho, mas para lá desse facto não há outras importantes características diferenciadoras entre o casal. Em Portugal existirão cerca de 65 casais, a maioria dos quais no interior Norte (Douro e zona raiana da Beira).
Ocorre em largas áreas do centro da Europa, Península Ibérica, norte de África e América do Norte, sendo o seu estatuto mundial de conservação Least Concern – “Pouco preocupante”.