Diário do Alentejo

Cadernos da biodiversidade: Papoila-ouriçada (Papaver hybridum)

05 de março 2024 - 08:00
Foto| Dinis CortesFoto| Dinis Cortes

Texto Dinis Cortes

A papoila-ouriçada ou papoila-peluda (Papaver hybridum) é uma planta pertencente ao grupo familiar das ranuncunales, família Papaveraceae.

Também é conhecida por alguns autores por papoula--crespa (Roemeria sicula), tendo sido renomeada recentemente.

Floresce por volta de finais de março, atingindo o máximo de floração em abril, e ocorre um pouco por todo o território nacional, incluindo zonas costeiras, mas aparece, especialmente, no nordeste transmontano e em todo o Alentejo interior, incluindo, obviamente, o Baixo Alentejo.

De coloração vermelho forte e com anteras (onde o pólen se encontra) de um azul intenso. É geralmente bastante mais pequena do que a papoila-comum (Papaver rhoeas) que povoa as searas a partir de abril.

A papoila-peluda ocorre em zonas de pousio, campos agrícolas, searas, pastagens e zonas pedregosas e de bordaduras de matos e estevais. Não está definido o seu estatuto de conservação, mas a planta é relativamente comum nas áreas onde ocorre.

Um dos locais onde a tenho encontrado é nas margens da ribeira de Terges e Cobres, bem como na área circundante da vila de Mértola.

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