Diário do Alentejo

Casa-Museu Quinta da Esperança já recebeu quatro mil visitantes

29 de outubro 2020 - 11:50

Texto Carlos Lopes Pereira

 

No concelho de Cuba está em curso um projeto turístico e cultural em torno da recuperação e aproveitamento da Quinta da Esperança, uma casa senhorial de que há notícia já no século XVI e que possui quatro pisos e mais de 200 divisões. O projeto abriu ao público nos começos de 2019, mas a pandemia de covid-19 forçou a interrupção das atividades, retomadas a partir de agosto passado. 

 

O projeto turístico e cultural da Casa-Museu Quinta da Esperança, no concelho de Cuba, foi inaugurado em 2019. Stevan Lekitsch, sócio-gerente, explica que em 2015 foram iniciadas as obras na casa para a transformação em museu, que já funciona desde fevereiro de 2019. A albergaria abriu em setembro do ano passado. Estão ainda previstos um museu agrícola, uma área arqueológica, café, restaurante, ‘rooftop’, auditório, mais quartos para hóspedes (o objetivo é atingir 20 quartos), esplanadas, jardins visitáveis, áreas para piqueniques, para cavalos, para eventos, entre outras mais-valias. É “um projeto gigantesco, que ainda pretende estender-se por alguns anos até que fique totalmente finalizado”, revela Stevan Lekitsch, sócio-gerente do projeto.

 

Que investimento privado é este?

Os investidores são portugueses. Não houve apoio financeiro de nenhuma entidade, apenas fundos privados. Contamos sim, e sempre, com a colaboração logística da Câmara Municipal de Cuba, que sempre foi uma importante parceira, tanto na infraestrutura de chegada à Quinta, quanto no apoio na divulgação, entre outros.

 

Como decorreram os primeiros tempos do projeto?

O primeiro ano (2019) foi muito melhor que a expectativa, atraindo um público de quatro mil pessoas, tanto de portugueses quanto de estrangeiros, e incluiu visitantes de norte a sul do País, grupos do Inatel, de agentes de viagens do Alentejo, de câmaras municipais, de universidades seniores, escolas, e muitos mais. Não esperávamos atingir esses números logo de início.

 

Qual foi o impacto da pandemia de covid-19 no projeto?

Infelizmente, os museus foram os primeiros a ser atingidos. Fechamos as portas em 13 de março deste ano e, por uma série de motivos, só conseguimos reabrir em agosto, primeiro a hospedagem, e agora o museu.

 

Tendo reaberto agora a casa-museu, que alterações foram feitas, que novas propostas e atividades de lazer e culturais são oferecidas aos visitantes?

A principal alteração é as visitas não poderem mais ser guiadas, que era um diferencial, pois o guia conta pormenores que não estão nas placas. Foi colocada nova sinalética para que o visitante seja capaz de se guiar pelo museu sozinho, afinal são 30 salas num edifício que possui 200… é fácil perder-se. Por fim, colocamos a loja do museu num espaço maior, que permite uma melhor circulação e visualização dos produtos. Por enquanto as atividades de lazer e culturais estão suspensas. Mas pretendemos retomá-las (exposições, saraus, cante alentejano, fado, concertos) assim que possível.

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