Texto e foto Firmino Paixão
Esta definição de humildade, da lavra de um jovem futebolista de 15 anos é, pelo menos, a garantia de que, além da competência desportiva, reúne outras qualidades que caucionam uma prometedora caminhada, rumo àquilo que é o seu sonho.
Francisco Ganço é natural de Alvito, terra onde, muito jovem, iniciou a sua carreira desportiva. O valor e a capacidade que demonstrou já o levaram, primeiro para o Sporting Clube de Viana do Alentejo, depois para o Juventude de Évora e projetou agora para o Clube de Futebol Os Belenenses, depois de duas presenças no Torneio Interassociações Lopes da Silva e de um estágio de observação na seleção nacional de sub/15.
Francisco lembra: “Comecei a jogar futebol aos quatro anos. Joguei sempre em escalões superiores à minha idade. Lembro-me perfeitamente do dia em que comecei a jogar. Fui lá pela mão do meu pai. Comemorava quatro anos nesse dia e a inscrição nas escolinhas de formação do Grupo Desportivo e Cultural de Alvito foi uma das prendas de aniversário que os meus pais me deram. O meu pai nunca jogou futebol, o meu avô também não, foi mesmo uma paixão minha”.
Mostrando conhecer os problemas demográficos que pendem sobre a região, Francisco assinala: “Estamos num meio pequeno, não existem muitos jovens, e eu comecei de imediato a jogar. Recordo-me de ter feito o meu primeiro jogo contra uma equipa da Casa do Benfica de Évora”.
Bom aluno, concluiu o nono ano no Agrupamento de Escolas de Alvito, em cujo quadro de excelência já constou várias vezes. “Tenho mais ou menos tudo projetado na minha mente. Sei que o futebol pode não me garantir o futuro, por isso, quero completar o secundário e, tendo oportunidade, ingressar numa universidade para tirar uma licenciatura na área de desporto”.
Depois de cinco anos com a camisola do Alvito, mudou-se para Viana do Alentejo, onde ficou durante três temporadas até ser “descoberto” pelo Juventude de Évora, camisola que vestiu nas últimas duas épocas, ostentando a braçadeira de capitão de equipa.
O melhor momento deste percurso, que é ainda naturalmente curto, “foi, sem dúvida, termos conseguido a manutenção no nacional na época passado e ter sido convocado para o estágio de observação da seleção nacional”, diz.
“O Grupo Desportivo de Alvito, o meu primeiro clube, será sempre uma referência para mim, apesar de ter gostado de jogar no Sporting de Viana, e o Juventude Évora, onde estive duas épocas que me marcaram muito, sobretudo na primeira, em que começámos praticamente do zero e conseguimos o objetivo que era a manutenção no nacional”, lembra ainda.