Texto e fotos | Firmino Paixão
Davide Stella, italiano da “UAE Team Emirates Gen-Z”, dos Emiratos Árabes Unidos, venceu, ao sprinte, a segunda etapa da Volta ao Alentejo “Crédito Agrícola” uma tirada que saiu pela manhã da vila de Castro Verde, no coração do “Campo Branco”. Não se cantou ao baldão, nem se ouviu o dedilhar das cordas da viola campaniça, mas cantaram-se os parabéns ao ciclista João Martins, da “Rádio Popular/Paredes/Boavista”, pelo seu 21.º aniversário, advento que acabou por celebrar, sendo o melhor corredor português na tirada (10.º lugar), subindo ao pódio como o lusitano mais cotado na geral individual (14.º), a escassos 16 segundos do líder da prova, ainda o britânico Noah Hobbs, batido por escassos centímetros na chegada à meta de Grândola pelo italiano Stella.

Um quarteto de corredores encetou uma fuga que se prolongou por mais de 140 quilómetros e chegou a ultrapassar uma vantagem de quatro minutos, o que acabou por dar dinâmica a esta segunda tirada, porém, os americanos da “EF Education First/Aevolo” defenderam o seu líder. Nos quilómetros finais anularam a desvantagem que o pelotão tinha para os corredores escapados e a chegada foi, mais uma vez, discutida ao sprinte, como tinha acontecido na etapa inaugural e, como acontecerá, certamente, no terceiro dia de prova, quando a “Alentejana” chegar a Arraiolos, ainda que a meta final esteja no final de uma subida acentuada. O Prémio de Montanha tem um novo líder, o ciclista Pedro Pinto, da “Efapel Cycling”, liderança conquistada pela sua performance na serra de Grândola.

Com a vitória na etapa do jovem italiano, ciclista da “UEA”, e a manutenção da camisola amarela na posse de Noah Hobbs, com a vantagem de três segundos sobre Nicolas Tivani (“Aviludo/Louletano”) e seis sobre o próprio David Stella (“UEA”), está a construir-se a perceção de uma luta pela vitória final entre duas formações, a americana “EF Education First” e a “UEA” dos Emiratos Árabes Unidos, em cuja equipa principal alinha o conceituado João Almeida. Porém, a tirada entre Monforte e Castelo de Vide, com as seis contagens de montanha e as três metas volantes, onde as bonificações farão a diferença, irão decidir o vencedor desta 42.ª Volta ao Alentejo “Crédito Agrícola”. Uma coisa é certa: haverá um novo vencedor, uma vez que não estão no pelotão desta edição os dois ciclistas, ainda no ativo, que poderiam repetir o triunfo, o espanhol Eduard Prades (“Caja Rural”) e o uruguaio Maurício Moreira (“Efapel Cycling”).
A terceira etapa, a mais extensa das cinco que formatam a competição, começa no final desta manhã na freguesia de Carvalhal (Grândola) percorrendo 180 quilómetros para atingir Arraiolos, com o seguinte percurso:
3.ª etapa | 28 de março – Carvalhal/Arraiolos (180 km)
Partida simbólica da avenida 18 de Dezembro (11:30 horas),Brejos da Carregueira de Cima (partida real, 11:35), Comporta (11:44), Alcácer do Sal (meta volante, 12:26), Santa Catarina (12:42), Alcáçovas (meta volante, 13:16), Casa Branca (13:37), Escoural (Prémio de Montanha, 13:45), Montemor-o-Novo (meta volante, 14:04), Ciborro (14:32), Brotas (14:50), Mora (15:03), Pavia (15:26), Arraiolos (Prémio de Montanha, meta na rua 1º de Maio, 15:58).