Diário do Alentejo

Um dérbi regional

26 de outubro 2024 - 08:00
Serpense B recebeu o Externato António Sérgio, na segunda ronda do Nacional da 2.ª Divisão de Ténis de MesaFoto| Firmino Paixão

O Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Ténis de Mesa fechou a 2.ª jornada da prova com um dérbi entre a equipa B do Sport Luso União Serpense e o Clube de Ténis de Mesa (CTM) do Externato António Sérgio, de Beringel. O jogo disputou-se nas instalações da Casa do Povo de Serpa.

 

Texto e Foto | Firmino Paixão

 

Promovido à segunda divisão no final da última época desportiva, o CTM do Externato António Sérgio está a cumprir a segunda temporada a este nível competitivo, depois de uma primeira presença no ano de 2016. Iniciou este campeonato em casa, sofrendo uma derrota (1-4) perante o União e Progresso (Vendas de Azeitão) e, na segunda ronda, esteve presente em Serpa.

Mas a novidade é o regresso da formação beringelense a um campeonato nacional, concordou Carlos Gomes, membro daquele clube: “Sim, essa é, de facto, a grande novidade, após uma passagem de algum tempo nos campeonatos regionais. É a segunda vez que estamos a competir na segunda divisão. Houve uma situação que nos facilitou, porque, na parte final da última época, houve algumas equipas que, de certa forma, cederam a sua posição, e nós conseguimos subir”. O mesa-tenista fez notar: “Fazemos muita questão de aqui estar, porque isto é um estímulo, não só para os atletas da equipa A, que é a mais categorizada, como para os nossos jogadores mais jovens, sendo igualmente um estímulo para o Clube de Ténis de Mesa do Externato António Sérgio, que existe há cerca de 10 anos e se orgulha de ter esta representação ao nível da segunda divisão nacional”.

Comentando este reencontro com os serpenses, Carlos Gomes gostou do que viu: “Sim, nomeadamente, o jogo de pares, que estivemos perto de ganhar. Mas é sempre muito estimulante jogarmos com o Luso Serpense, não só por conhecermos estes jogadores, que sempre nos acarinharam, com um historial mais evoluído do que o nosso. Portanto, é sempre um desafio jogar e aprender com eles. Fizemos o melhor que pudemos, estamos numa fase inicial do campeonato, esperamos conseguir melhores resultados e estamos investidos para os conseguir”. Os objetivos, porém, são moderados: “Pelo menos mantermo-nos na segunda divisão e evoluirmos mais um pouco. Mas, essencialmente, mantermo-nos nesta posição. Isso já será muito bom para nós, internamente, como até perante o conhecimento que temos e a nossa representação junto dos outros clubes concorrentes. Para nós é um grande estímulo”.

Motivação e descoberta porque, oito anos depois, competirão com novos clubes e outros atletas. “Já realizámos duas jornadas, uma delas com uma equipa de Azeitão, formada por atletas jovens, com outra dinâmica, mas em que, perante nós, mais velhos em termos de idade, mas com outra experiência, sentiram dificuldades. Esse intercâmbio e esse interconhecimento com outros atletas e outras formas de jogar é também um fator de aprendizagem”.

Do outro lado da mesa esteve a equipa do Luso Serpense. Mais experiente, mais rodada, apesar da excelente réplica que o Externato deu no jogo de pares, como admitiu o treinador António Bentes: “Na verdade, o par que apresentámos está pouco habituado a jogar, mas como o resultado já estava em 3-0, quisemos rodar jogadores. Mas foi uma partida equilibrada, que o Externato podia muito bem ter ganho. Nós temos mais argumentos, mas quisemos correr este risco”.

O clube tem uma primeira equipa na divisão de honra, logo, os objetivos aqui são bem mais moderados, assumiu: “Tentaremos rodar ao máximo os atletas que não têm hipóteses de jogar na equipa A. Penso que será um campeonato muito difícil, porque, tirando duas ou três equipas, as restantes são muito fortes, principalmente o Padernense, com quem jogámos na ronda inaugural, que tem um atleta estrangeiro e os restantes são muito bons”. Sendo assim, reiterou: “Este campeonato é para fazer sem pressão, sentir o prazer do jogo e, se conseguirmos a manutenção, tudo bem, por isso, o que vamos fazer é lutar para fugirmos dos últimos dois lugares da tabela. Será uma prova difícil, tanto para nós como para o Beringel”.

Uma segunda equipa que tem atletas tão talentosos como os da principal, mas cuja utilização está regulamentada, recordou António Bentes: “Sabe que, quanto mais se sobe nas divisões, mais difícil se torna e mais teremos que utilizar os jogadores mais experientes. Não quer dizer que estes atletas não tenham talento, ou que não fossem valiosos na formação principal, mas dificilmente conseguiriam melhores resultados do que aqueles que temos conseguido. Mas, uma ou outra vez, terão que entrar, todos os atletas da equipa B podem fazer apenas um jogo na equipa A e permanecerem na B. Mais do que isso, não”.

Os próximos compromissos do Luso Serpense, sexto classificado do campeonato, por ora, liderado pelo União e Progresso, passam pelos Açores, no dia 1 de novembro na ilha Terceira, com o Fanfarra Operária, e no dia seguinte, em São Miguel, com o Porto Formoso. A equipa de Beringel, nona na pauta dos pontos, voltará no domingo, 2 de novembro, ao pavilhão do Externato António Sérgio para receber (15:00 horas) a Academia 8 de Janeiro, de Alhos Vedros.

Comentários