Diário do Alentejo

84.ª Volta a Portugal em Bicicleta passa amanhã pelo Baixo Alentejo

11 de agosto 2023 - 12:00
A volta das regiões
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

A terceira etapa da 84.ª Volta a Portugal em Bicicleta, entre Sines e Loulé, estará amanhã na estrada. A prova começou na passada quarta-feira em Viseu, onde foi cumprido um prólogo de 3,6 quilómetros, e terminará no próximo dia 20, com um contrarrelógio, em Viana do Castelo.

 

Texto Firmino Paixão

 

A cidade de Viriato recebeu, mais uma vez, o início da Volta a Portugal em Bicicleta, a maior e mais prestigiada prova do calendário velocipédico nacional.

 

A corrida estará nas estradas nacionais durante 12 dias, cumprindo um total de 1598,6 quilómetros, desenhados num prólogo, e 10 etapas, de norte a sul de Portugal.

 

Um evento que os organizadores dizem ser “uma volta a todo o território”. Onze dias não dariam para tanto, por isso, a prova tem a particularidade de nenhuma das 10 etapas se iniciar na localidade onde termina a anterior, havendo necessidade de recorrer a algumas neutralizações entre cidades. Vamos então às voltas da Volta.

 

O prólogo de 3600 metros na passada quarta-feira na avenida da Europa, em Viseu, onde mais uma vez teve início a Volta a Portugal em Bicicleta, serviu tão só para um primeiro alinhamento dos concorrentes na classificação geral individual. Da região da Beira Alta a prova saltou para o Velódromo do Centro de Alto Rendimento de Sangalhos (Anadia), onde se iniciou a primeira etapa, a segunda mais extensa do certame, ligação até Ourém, já na sub-região do Médio Tejo, no distrito de Santarém.

 

Hoje, terceiro dia de prova, vai para a estrada a segunda etapa, toda ela em terras ribatejanas, mais de 170 quilómetros entre Abrantes e a ribeirinha Vila Franca de Xira.

 

Ao final da tarde a caravana fará as malas e rumará a sul, ao litoral alentejano, para, no dia de amanhã, na cidade de Sines, se dar início à terceira etapa, a mais longa das 10, 191,8 quilómetros, fazendo o pelotão fletir para o interior sul do Baixo Alentejo e daí para o centro do Algarve. E de uma penada, que é como quem diz, numa só etapa, visitam-se duas regiões.

 

A concentração em Sines está marcada para pouco depois das 10 da manhã, na marginal (avenida Vasco da Gama), mas a partida simbólica ocorrerá apenas às 12:15 horas, com uma passagem pelo centro da cidade, na avenida Humberto Delgado, antes de rumar a Porto Covo, seguindo pela orla costeira até às Brunheiras (13:12 horas), Vila Nova de Milfontes (13:15 horas), Odemira (meta volante 13:54 horas), Bemposta, Pereiro Grande, Relíquias, Santa Luzia, Funcheira, Garvão (14:45 horas), Ourique (meta volante 15:08 horas), Aldeia dos Fernandes, Corte Zorrinho, Almodôvar (meta volante 15:49 horas), Pico do Mu (prémio de montanha 4.ª categoria), Cruz da Assumada (prémio de montanha 4.ª categoria) e chegada a Loulé, cerca das 17:30 horas, com meta final na avenida José da Costa Mealha.

 

Entre este município do sotavento algarvio, terra com história no ciclismo português, não fosse sede da formação AviludoLouletano/Loulé Concelho, e a cidade de Estremoz, no Alentejo Central, a prova voltará a sofrer nova neutralização.

 

Faro, Beja e Évora não verão passar senão as bicicletas nos tejadilhos dos carros de apoio. Pouco importará aos farenses, que na abertura da época velocipédica contam sempre com a sua consagrada “Algarvia” (recheada das grandes estrelas do ciclismo mundial), como talvez não faça muita diferença aos transtaganos, desde que seja possível manter a sua “Alentejana”, que maior retorno financeiro deixa por estas paragens.

 

Voltemos à estrada para descrever este troço final por terras desta região. No domingo irá rolar-se entre Estremoz e Castelo Branco, uma tirada de 184,5 quilómetros, onde começarão as dificuldades com a orografia mais acentuada do território. A etapa terá partida simbólica no rossio Marquês de Pombal, às 12:40 horas, com passagem por Monforte (13:26 horas), Vaiamonte Cabeço de Vide, Alter do Chão (meta volante 14:08 horas), Crato (14:27 horas), Portalegre (meta volante 14:59 horas), Serra de São Mamede (prémio de montanha 3.ª categoria), Castelo de Vide (15:30 horas), Alpalhão, Nisa, Vila Velha de Ródão e chegada a Castelo Branco, às 17:30 horas, na avenida D. Nuno Álvares Pereira.

 

Até aqui o percurso foi favorável aos roladores, a partir da quinta tirada teremos mais e maiores dificuldades, como a subida à Torre (Covilhã), a chegada à serra do Larouco (Montalegre) ou a etapa que terminará em Mondim de Basto (Senhora da Graça).

 

As contas finais far-se-ão no contrarrelógio final, em Viana do Castelo, com uma difícil escalada até ao santuário de Santa Luzia, que abençoará o sucessor do uruguaio Maurício Moreira (Glassdrive/Q8/Anicolor), vencedor em 2022.

 

O pelotão tem cerca de 126 corredores, em 18 equipas, quatro de categoria “pro team”, todas da vizinha Espanha, nove “continentais”, entre elas as nove portuguesas, uma angolana, uma alemã, uma neozelandesa, uma austríaca e uma holandesa.

 

PERCURSO:

  • 11 agosto – 2.ª Etapa: Abrantes/Vila Franca de Xira, 177,3 quilómetros;
  • 12 agosto – 3.ª Etapa: Sines/Loulé, 191,8 quilómetros;
  • 13 agosto – 4.ª Etapa: Estremoz-Castelo Branco, 184,5 quilómetros;
  • 14 agosto – 5.ª Etapa: Mação/Covilhã (Torre), 184,3 quilómetros;
  • 15 agosto – 6.ª Etapa; Penamacor/Guarda, 168,5 quilómetros;
  • 17 agosto – 7.ª Etapa: Torre de Moncorvo/Montalegre /Larouco), 162,6 quilómetros;
  • 18 agosto – 8.ª Etapa: Boticas/Fafe, 146,7 quilómetros;
  • 19 agosto – 9.ª Etapa: Paredes/Mondim de Basto (Senhora da Graça), 174,5 quilómetros;
  • 20 agosto – 10.ª Etapa: Viana do Castelo/Viana do Castelo (CRI), 16,3 quilómetros;
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