Diário do Alentejo

O Hóquei Clube de Grândola ainda persegue o apuramento para o nacional Sub/17

02 de janeiro 2023 - 09:00
Será difícil, não impossível
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

O Clube de Patinagem de Beja venceu o Hóquei Clube Patinagem de Grândola, em jogo relativo à 8.ª jornada do Campeonato Regional de Hóquei em Patins Sub/17, disputado no Pavilhão João Serra Magalhães.

 

Texto Firmino Paixão

 

Um campeonato disputado por sete equipas e liderado pela formação bejense, tida como a principal candidata à vitória da prova e consequente qualificação para o campeonato nacional deste escalão, apuramento que se estenderá, igualmente, ao 2.º classificado, lugar ao qual concorrem as equipas do Hóquei Clube Vasco da Gama (Sines), do Sesimbra e do próprio Hóquei de Grândola que, perdendo em Beja, por 2-1, ficou mais distante desse objetivo.

 

No final da partida, Pedro Tito, técnico da jovem equipa da Vila Morena, comentou que: “Foi um jogo muito bem disputado, entre duas equipas muito fortes.

 

Na primeira parte conseguimos adiantar-nos no marcador, depois procurámos controlar o jogo, sabendo que o resultado de um a zero, no hóquei em patins, não é nada. Por isso, sentimos que a segunda parte seria complicada, a nossa equipa começou a segurar menos o adversário e o cansaço dos jogadores também se acentuou e foi essa, seguramente, a diferença entre as duas partes, porque na segunda também criámos oportunidades, mas fomos menos clarividentes e, por não termos a sorte de marcar mais um golo, acabámos por perder o jogo”.

 

Ainda assim, assegurou que o principal objetivo se mantém: “Esta derrota não nos afastou totalmente, mantemo-nos nessa corrida, contudo, ficou mais difícil. As equipas que estão à nossa frente na classificação, também se encontrarão na parte final do campeonato e alguns vão perder pontos, o que nos pode beneficiar mas, é verdade, temos que ganhar os nossos jogos, para podermos lá chegar e, mesmo assim, já não dependemos apenas de nós”.

 

O treinador grandolense confessou que este era o objetivo com que chegou a este regional, até pela tradição. “Sim, este escalão tem participado todos os anos no campeonato nacional e, esta época, não queríamos fugir dessa regra. Ficou mais difícil, é verdade, mas ainda não é impossível”. Pedro Tito assegurou, ainda, que: “Uma presença no nacional faz parte do crescimento destes atletas, naturalmente que encontraremos equipas que nos colocam outro nível de exigências, mas é jogando contra os mais fortes que os nossos atletas se valorizam e ganham competências”.

 

A verdade é que a equipa não entrou bem no campeonato e isso pode ter hipotecado o futuro, condescendeu Pedro Tito. “Sofremos três derrotas logo no início da prova,o que nos colocou algumas dificuldades, mas superámos isso e temos evoluído, temos crescido, como se viu aqui hoje em que dificultámos ao máximo o triunfo da equipa que lidera o campeonato. Um campeonato que nós já sabíamos que seria muito disputado, entre o Sesimbra, o Sines, o Grândola e o Beja, mas as três derrotas que sofremos logo no início complicaram-nos um bocadinho o percurso”. Vaticinou o provável apuramento do Clube de Patinagem de Beja e elencou candidatos à segunda vaga.

 

“Naturalmente que o Beja é o principal candidato, acredito que já ninguém lhes poderá tirar o 1.º lugar, ainda não tem derrotas, mas apura-se uma segunda equipa e aí haverá uma grande disputa onde nós queremos entrar, sabendo que existem outros candidatos fortes, como o Sesimbra e o Vasco da Gama”.

 

O Hóquei de Grândola terá pela frente quatro jogos decisivos, e um deles, especial. “Sim, teremos que jogar com o Roller Lagos, já na próxima jornada, também como Fabril, mas o jogo, em casa, com o Vasco da Gama, será o mais difícil, não só pelo valor das equipas, como pela própria rivalidade que existe entre os dois clubes”.

 

Grândola tem uma tradição muito forte na modalidade, com equipas seniores que já competiram ao mais alto nível. Atualmente, mantém equipas nos escalões de Sub/15, Sub/17 e Seniores, mas Pedro Tito admite que o recrutamento de novos jovens não é fácil.

 

“É um desporto caro, as famílias é que suportam os custos com o material e isso dificulta muito o recrutamento, além de existirem outros apelos aos jovens, apesar da nossa tradição na modalidade. Mas estamos com confiança no futuro”.

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