A Associação de Futebol de Beja reuniu os seus filiados na 28.ª Gala dos Campeões

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A Associação de Futebol de Beja reuniu os seus filiados na 28.ª Gala dos Campeões

23 de setembro 2022 - 10:30

Um tributo ao mérito

Foto | Firmino Paixão

A 28.ª Gala dos Campeões da Associação de Futebol de Beja distinguiu os agentes desportivos que mais se destacaram durante a época desportiva 2021/ 202 2. O anúncio da criação de uma Academia de Futebol, no antigo Estádio Municipal Dr. Flávio dos Santos, foi a novidade do evento.

Texto Firmino Paixão

Com a nova época desportiva já em curso, o presidente da Associação de Futebol de Beja (AFBeja), professor Pedro Xavier, formulou o desejo de poder continuar a “contar com todos, sem exceção, para que a nova época resulte num momento de aprendizagens e de conquistas para todos os agentes desportivos, onde os valores da tolerância, do ‘fair play’ e do respeito sejam uma constante entre todos os intervenientes”.

O evento que, tradicionalmente se realizava após o encerramento da época desportiva a que dizia respeito, foi realizado, este ano, nas vésperas do arranque de mais uma temporada competitiva, premiando os campeões e conquistadores dos diferentes troféus, os vencedores das taças disciplina e também os prémios individuais aos atletas e árbitros que melhores prestações tiveram durante a temporada, nos diferentes graus da sua atividade.

Este foi um dos momentos testemunhados e aplaudidos por algumas dezenas de agentes desportivos e convidados, entre os quais se destacou o dirigente da Federação Portuguesa de Futebol, Rui Manhoso, o Diretor Regional do Alentejo do Instituto Português do Desporto e Juventude, Miguel Rasquinho, para além de representantes das associações regionais do Algarve, Évora e Setúbal, e de algumas autarquias da região.

O líder do organismo que tutela o futebol no distrito de Beja partilhou com todos os presentes a notícia de que “a Associação de Futebol de Beja outorgou, com a Câmara Municipal de Beja, um contrato de comodato relativo ao Estádio Municipal Dr. Flávio dos Santos, com o objetivo de criar uma Academia de Futebol”, assegurando também que “através da concretização deste objetivo, estamos certos que o maior beneficiário será sempre o futebol distrital”.

O “Diário do Alentejo” sabe que este foi um processo iniciado antes da pandemia, aquando da preparação da organização do Torneio Interassociações Lopes da Silva, pelas associações de Beja e de Évora, momento em que os dirigentes federativos Rui Manhoso e Pedro Pauleta visitaram as “ruínas” do Flávio dos Santos, tendo surgido a ideia de ali erguer esta Academia, projeto que tem estado na gaveta e que veio agora ao conhecimento público.

“Melhorar a organização interna para prestarmos aos nossos clubes melhores serviços”, foi outra das notas deixadas por Pedro Xavier, assumindo como sua convicção a ideia de que “na vida, interessa sempre menos o que já fizemos, comparado com aquilo que nos propomos fazer”.

Contudo, não deixou de elencar alguns dos momentos, em retrospetiva, nas últimas épocas desportivas, garantindo que “foram várias as metas que nos propusemos atingir, porém, com as dificuldades, constrangimentos e limitações que, inevitavelmente, a situação pandémica nos trouxe, existiram objetivos que não foram, no imediato, totalmente atingidos”. Porém, garantiu ainda: “Estamos bem conscientes que outros houve que se efetivaram e que outros ainda estarão para acontecer”.

Rui Manhoso, diretor da Federação Portuguesa de Futebol, também trouxe novidades. Acentuou as assimetrias existentes entre os clubes do litoral e do interior, a falta de gente nestes territórios e o acréscimo de dificuldades que isso gera aos dirigentes.

Mas recordou também que “os clubes são a razão de existência das associações e razão de existência da Federação. Sem clubes, e sem associações, dificilmente haveria futebol”.

Rui Manhoso lembrou o sucesso recente do Torneio Lopes da Silva, mercê do “bom desempenho das associações de Beja e de Évora e do apoio dos municípios que patrocinaram essa organização”, e anunciou que a Federação Portuguesa de Futebol está, nos dois anos que faltam aos atuais órgãos sociais para concluírem o seu mandato, a alterar o paradigma do dirigente desportivo.

E lamentou: “O dirigente desportivo é, no futebol, dos mais penalizados, há muito que o governo e as entidades oficiais já deviam ter feito algo para defender o associativismo, porque aquilo que neste momento está a ser pedido às associações é um trabalho que quase obriga ao profissionalismo”, por isso, sublinhou o responsável federativo, estão “a pensar criar um novo tipo de clube. Mas esse novo tipo de clube só pode ser construído com o vosso apoio. Não é acabar com o associativismo, mas é dotar-vos de condições para que o vosso clube, os seus dirigentes, possam, efetivamente, dirigir e terem a possibilidade de ter alguém na retaguarda, que vos prepare e proporcione tudo aquilo que vocês necessitem para dirigir. Temos que olhar para o futebol de outra maneira”, concluiu.

DISTINÇÕES DA 28.ª GALA DOS CAMPEÕES DA AF BEJA

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