Câmara de Beja deverá lançar no início de abril um guia de apoio ao migrante, documento que compila um conjunto de informações “que podem ser muito úteis” a quem chega ao concelho.
Texto | Nélia Pedrosa
A Câmara Municipal de Beja deverá disponibilizar em breve um guia de apoio ao migrante que se assume “como um documento facilitador para todos aqueles que se estabelecem” no concelho, explica a vereadora Maria João Ganhão ao “Diário do Alentejo”.
O documento, “que surge na sequência do plano municipal para a integração de migrantes”, oferece “informações essenciais para acolher todos, disponibilizando um conjunto de informações relacionado com todos os serviços públicos e entidades que podem facilitar e que permitem a integração social daqueles que procuram e pretendem estabilizar-se no nosso concelho”, nomeadamente, “Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), juntas de freguesia, finanças, serviços de saúde, farmácias, escolas”, especifica. Destinado a “todas as nacionalidades”, o guia será disponibilizado em português, inglês e francês.
Segundo a autarca, o documento deverá ser finalizado na primeira semana de abril, dado que só falta atualizar “dois ou três pormenores”. “Pedimos a todos os conselheiros do CLAS [Conselho Local de Ação Social de Beja] que nos fizessem chegar até ao dia 28 [hoje, sexta-feira] algumas sugestões, por exemplo, outra língua que considerem fundamental. Portanto, a partir do dia 28 pretendemos fechar este documento com todos os apontamentos que nos chegarem e que possam ser uma mais-valia para a construção do guia”. Posteriormente, o documento será divulgado junto dos serviços e entidades nele mencionados. “Depois de o finalizarmos queremos desenhar aqui o planeamento para que possa ser divulgado da melhor maneira possível”, reforça Maria João Ganhão.
Ainda no âmbito do apoio à migração, e como complemento “a todo o conjunto de estratégias que temos desenhadas para os próximos tempos a nível do município”, é intenção da autarquia, a curto/médio prazo, “integrar dois mediadores nativos”, revela a vereadora. “Queremos que sejam pontos estratégicos, precisamente para tentar integrar estas pessoas da melhor maneira possível. Por exemplo, temos o guia, mas, também, nada melhor do que alguém acompanhar estas pessoas que se dirigem à nossa cidade. Por exemplo, às finanças, às juntas de freguesia, a uma escola, se se quiserem inscrever para a frequência do português. Portanto, são pessoas que pretendem acompanhar no terreno as necessidades desta população”.
Outro dos objetivos a curto/ /médio prazo passa pela implementação da “Plataforma de integração e inclusão social e laboral”, uma ferramenta que visa agilizar os processos de contratação legal dos trabalhadores migrantes por parte das empresas locais, promovida pelo município, Incubadora de Inovação Social do Baixo Alentejo, laboratório Data Colab e ACOS – Associação de Agricultores do Sul e apresentada no final do mês de janeiro. “É uma das nossas bandeiras”, conclui.