“Obrigado. Tive muito gosto em recebê-los aqui. É tudo simples e humilde, mas com muito gosto. Vocês são família”.
Estas foram as palavras que recebi ao despedir-me da anfitriã do local que escolhi para entrar neste novo ano.
Um local muito frio, em graus celsius, mas muitíssimo acolhedor em calor humano.
E este é o mote que trago para 2025: verdade.
2024 foi um ano que podia ter sido comum mas que quis a história que assim não fosse.
Quando vivemos uma perda insubstituível à mesa, e irreparável no coração, recentramos o nosso olhar para com a vida e para a sorte que nos rodeia (e da qual os outros estão rodeados também).E dessa sorte não fazem parte os números ou os bens patrimoniais.
Falamos aqui de nos termos uns aos outros, de nos olharmos, de nos sentirmos e, acima de tudo, de nos partilharmos.
Para este ano que agora recebemos, os meus votos são de menos…
Menos críticos para com o outro e mais disponíveis para o próximo.
Menos presos a ideologias e mais livres de preconceitos.
Menos tolerância à má índole e mais atenção ao detalhe.
Menos gostos de coração e mais amor no coração.
Menos abreviaturas e mais palavras de incentivo.
Menos polarização e mais equilíbrio.
Menos ecrãs vazios e mais interações cheias.
Menos imagens de vidas e mais vidas vividas.
Menos falsos moralismos e mais morais da história.
Menos seguidores virtuais e mais amigos reais.
Menos desperdício de tempo e mais tempo para estar.
Menos famílias laborais e mais família vivida.
Menos “temos de ver” e mais “vamos fazer”.
Temos pela frente 365 oportunidades de sermos felizes. Se o seremos todos os dias?
Provavelmente não. Mas se formos todos os dias verdadeiros, connosco e com o próximo, teremos a felicidade de poder dizer que fizemos o que estava ao nosso alcance para sê-lo.
Digo-vos eu que se daqui a um ano, ao ler estas palavras, sentir que faço check a pelo menos metade dos votos acima, já serei certamente um pouco mais feliz.