Diário do Alentejo

Cimeira de Beja: Paulo Arsénio defende acessibilidades

31 de janeiro 2020 - 15:25

O presidente da Câmara de Beja defendeu hoje a “intervenção muito urgente” em acessibilidades “em mau estado” no concelho e “a antecipação” dos prazos de construção da A26 e de eletrificação da linha ferroviária até Casa Branca. Estes são alguns dos temas que constam de um documento político que Paulo Arsénio, pretende entregar ao primeiro-ministro, António Costa, no sábado, à margem da Cimeira dos “Amigos da Coesão” da União Europeia, que decorre em Beja.

 

“A câmara sempre tem estado empenhada nestes assuntos, mas esta cimeira dá-nos a oportunidade de falarmos direta e pessoalmente com o primeiro-ministro, durante alguns minutos, de uma forma mais recatada”, afirmou à agência Lusa o autarca.

 

Paulo Arsénio disse que pretende entregar a António Costa este “documento que está preparado, que não é técnico, é político”, em defesa de Beja e do Baixo Alentejo, no âmbito do qual as acessibilidades estão em destaque. “O que dizemos ao primeiro-ministro é que, de facto, há aqui acessibilidades que precisam de intervenção muito urgente e explicamos porquê. E o primeiro-ministro sabe destes problemas e destas insuficiências de Beja, conhece-as plenamente”.

 

Mas “esta é apenas uma forma de nós reforçarmos essa posição e, com esta oportunidade que a cimeira também nos dá, dizermos que Beja, no contexto nacional, pode ter um peso económico substancialmente mais relevante se algumas das acessibilidades forem melhoradas muito brevemente”, completou.

 

O município explicou hoje, em comunicado, que Paulo Arsénio “reforçará” junto de António Costa “a necessidade de se cumprirem os objetivos definidos de concretização dos projetos de acessibilidades, fundamentais para garantir a coesão do território e o desenvolvimento económico e social da região”.

 

A Câmara de Beja quer que o Governo se comprometa “com uma calendarização exequível das obras de conclusão da 1.ª fase da A26 entre Beja e Sines e da eletrificação da linha ferroviária entre Casa Branca e Beja”, projetos já incluídos no Plano Nacional de Investimentos (PNI) para o período 2021 a 2030, defendendo mesmo a antecipação dos “prazos-limite”.

 

“A eletrificação da ferrovia está prevista terminar em 2025 e a estrada A26 em 2028. O que queremos é que os projetos se façam desde já para que, assim que o próximo quadro comunitário de apoio entre em execução, lá para 2022, estas obras sejam das primeiras a arrancar e, assim, possam ficar prontas mais cedo”, defendeu o autarca. Paulo Arsénio reivindicou também da Infraestruturas de Portugal (IP) “a manutenção urgente da Estrada Nacional 121, entre Beja e Ferreira do Alentejo”, que está “em mau estado”. 

 

A Cimeira dos “Amigos da Coesão” tem já presenças confirmadas de 13 chefes de Governo e de Estado de países da União Europeia, além dos comissários europeus do Orçamento, Johannes Hahn, e Coesão e Reforma, Elisa Ferreira. A câmara municipal “anfitriã” argumentou que a cimeira prestigia “a centralidade de Beja e a sua posição estratégica” e tira “proveito” e dá “relevância ao Aeroporto de Beja como decisivo na sua escolha”.

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