Diário do Alentejo

Aprovado projeto de 4,9 milhões para fábrica em Moura

20 de dezembro 2019 - 11:30

Uma empresa quer investir 4,9 milhões de euros na criação de uma unidade de produção de sistemas de baterias e painéis solares fotovoltaicos nas instalações de uma fábrica que fechou em Moura. Trata-se da empresa internacional Lux Optimeyse Energy, que já obteve a aprovação da candidatura que apresentou para obter um cofinanciamento de 60% do projeto por fundos comunitários, através do Programa Operacional Regional Alentejo 2020, precisou Álvaro Azedo, presidente da autarquia local.

 

Com a aprovação do cofinanciamento comunitário, de 2,9 milhões de euros, "está dado mais um passo importante para viabilizar" a criação da unidade na cidade, nas instalações da antiga MFS - Moura Fábrica Solar, que fechou em janeiro deste ano. Segundo o autarca, trata-se de "uma unidade de produção de sistemas de baterias e de painéis solares fotovoltaicos inteligentes e de um tipologia diferente da que era produzida pela MFS e que se pode adaptar ao figurino arquitetónico de edifícios". A concretizar-se, o projeto, que deverá ser apresentado publicamente pela empresa em janeiro, será "muito importante para Moura" e uma "alternativa" à MFS.

 

O fecho da MFS "foi um drama, que deixou 105 pessoas no desemprego", sendo que "algumas têm vindo a integrar-se paulatinamente no mercado de trabalho", mas outras "continuam desempregadas". Após o fecho da MFS, "o município procurou construir com o investidor uma caminhada que levasse a um projeto sustentado, diferenciador e que se afirme com o tempo no contexto internacional", disse Álvaro Azedo, referindo que está "com boas expetativas em relação à concretização do projeto, devido à forma como tem sido conduzido" pela empresa.

 

O fecho da MFS foi anunciado em janeiro deste ano e justificado pela empresa proprietária, a espanhola ACCIONA, com o facto de a viabilidade económica da fábrica ser "impossível, num ambiente de mercado competitivo dominado por fabricantes chineses". A criação da empresa, que começou a funcionar em 2008, esteve vários períodos parada e parou de produzir definitivamente em setembro de 2018, foi uma das contrapartidas do projeto de construção da Central Solar Fotovoltaica de Amareleja.

 

Após ter comprado a empresa criada pela câmara para construir e gerir a central, a ACCIONA construiu a MFS e, no âmbito de um acordo com o município, comprometeu-se a mantê-la a funcionar durante 10 anos, ou seja, até 2018, e com mais de 100 trabalhadores.

Comentários