Luís Dargent, presidente da Comissão Política Distrital do CDS-PP apresentou a sua demissão do cargo a seguir às eleições legislativas de outubro.
O histórico dirigente distrital do CDS-PP em Beja, Luís Dargent, “pouco tempo depois das eleições legislativas”, informou os seus colaboradores mais próximos que ia apresentar a demissão do cargo. Em declarações ao “Diário do Alentejo” diz que, a pedido de Assunção Cristas, resolveu permanecer no cargo até ao próximo congresso, marcado para os dias 25 e 26 de janeiro, em Aveiro, até porque faz parte da mesa daquele órgão nacional do CDS-PP.
Questionado acerca das razões que o levou a tomar esta decisão, justificou com os maus resultados eleitorais – o CDS-PP obteve 2,3 por cento a nível distrital – e com a necessidade “de dar lugar à juventude num partido que precisa de renovação”.
Ao contrário do que se possa pensar (a sua filha foi cabeça de lista da Iniciativa Liberal nas últimas eleições legislativa), jura que não vai sair do CDS-PP. “Até agora estou confortável no partido. Sou do Sporting e do CDS-PP, estou habituado ao sofrimento”, diz com graça, acrescentando que sempre sempre educou a filha para que “fosse o melhor que ela quisesse. Ela é uma mulher do tempo dela e eu sou um homem do meu tempo. Eu mais desiludido, ela mais entusiasta”.
Quanto à vida dos partidos, manifesta alguma solidariedade com André Ventura - “um tipo que eu detesto” – só porque a ele também lhe chamaram, em outros tempos, fascista. “Gosto dos partidos todos”, diz Luís Dargent dando como exemplo ter assinado “pelo movimento independente que concorreu à câmara de Beja [encabeçado por Lopes Guerreiro] para que a candidatura se pudesse efectuar.