Uma comitiva de cidadãos do Baixo Alentejo chegou hoje de Bruxelas onde, durante dois dias, expôs no Parlamento Europeu as suas reivindicações para a região no que diz respeito a questões de acessibilidades, de saúde e do funcionamento do aeroporto de Beja. A embaixada, constituída por elementos do movimento Beja Merece+, empresários, profissionais de saúde, académicos, artistas e jornalistas, manifestou a importância da internacionalização de um protesto regional que reivindica a coesão do território.
Elementos do movimento Beja Merece+, empresários, profissionais de saúde, académicos, artistas e jornalistas, num total de 25 elementos, integraram esta delegação que foi recebida, dias 12 e 13, por Carlos Moedas, comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, e por deputados de todos os partidos portugueses com assento parlamentar no centro político decisório da União Europeia.
Uma receção que, pela sua abrangência, constitui um facto político inédito para um movimento de cidadãos. Para além do comissário, todos os eurodeputados que dialogaram com a comitiva enalteceram, sem exceção, a tenacidade e a resiliência deste grupo na defesa dos interesses comuns de uma população que exige ao Governo que “olhe para a região como até agora não o tem feito”, cumprido efetivamente a coesão territorial, uma das premissas do Tratado da União Europeia.
Na capital belga a comitiva reivindicou a eletrificação da linha ferroviária Funcheira/Beja/Casa, a conclusão do IP8 entre Sines/Beja/Ficalho, o total aproveitamento do aeroporto internacional de Beja e a construção da segunda fase do hospital de Beja.
Florival Baiôa, do movimento Beja Merece+, à chegada da comitiva a Beja, na madrugada de hoje, manifestou a expressiva importância desta viagem, “deste protesto regional que agora se internacionalizou”, considerando que este novo passo conquistou apoios e contribuirá com um aporte de acrescida energia para esta luta.