Diário do Alentejo

Distrito de Évora segura três deputados mas perde eleitores

11 de setembro 2019 - 16:20

Terra de vinhos e mármores, o distrito de Évora, com alicerces na cultura e turismo e 'selo' da UNESCO, continua a perder eleitores, mas ainda são suficientes para reeleger três deputados nas legislativas de outubro.

 

Texto Rita Ranhola (Lusa)

 

Com 136.725 eleitores recenseados atualmente para estas legislativas, segundo a Ministério da Administração Interna - após suspenso o recenseamento eleitoral e quando decorre um período de reclamações e alterações -, Évora perdeu 4.533 eleitores face aos inscritos no dia das legislativas de 2015 (141.258). Ainda assim, o distrito, o 3.º do país com menos eleitores (só fica à frente dos de Beja e Portalegre), consegue ‘segurar’ os seus três mandatos de deputado que, em 2015, continuaram divididos pelo PS, PSD (coligado com CDS-PP) e CDU, num distrito reconquistado pelos socialistas.

 

Sem que o distrito escape ao envelhecimento populacional característico do Alentejo, o concelho mais populoso é o de Évora (52.664 habitantes), cujo centro histórico é Património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), desde 1986, e Mourão é o mais despovoado (2.470). O ‘selo’ da UNESCO atrai muitos visitantes a Évora, mas o turismo é uma aposta forte em todo o distrito, que viu nascer, nos últimos anos, várias unidades hoteleiras e de turismo rural.

 

O ambiente preservado, marca do território alentejano, o Alqueva, vinhos, enoturismo e gastronomia são ingredientes que atraem cada vez mais visitantes. As câmaras mantêm-se como principais empregadoras – o distrito tinha, em 2017, 22,74 trabalhadores da administração pública local por mil habitantes (só Portalegre e Beja tinham mais e, no global do país, o valor era de 11,62).

 

Comércio e serviços, rochas ornamentais, agropecuária e ampliação do regadio a partir do Alqueva são outros pilares económicos do distrito, que ganhou há poucos anos um novo potencial, o da indústria aeronáutica. O Hospital Central do Alentejo e o corredor ferroviário para ligar o porto de Sines a Espanha e que atravessa o distrito são projetos cuja concretização é ambicionada nos próximos anos.

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