Diário do Alentejo

Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja

26 de agosto 2019 - 11:15

Texto Nélia Pedrosa

 

O que é a plataforma Beja Monumental, apresentada no passado dia 9? Como surgiu e com que objetivos? Quem são os seus promotores e parceiros? Como é financiada?A plataforma Beja Monumental é um instrumento digital facilitador de visita em formato 3D a cinco espaços de referência do património cultural edificado da cidade [castelo, igreja de Santa Maria, ermida de Santo André, porta de Évora e convento de S. Francisco, atual pousada de S. Francisco]. A ideia surgiu em 2017 com o objetivo de permitir o acesso universal digital aos cinco espaços selecionados. A Câmara de Beja, a Direção Regional de Cultura do Alentejo e a Ineditradição desenvolveram em conjunto a ideia, que contou ainda com a parceria da Theia, do Campo Arqueológico de Mértola e do Portugal Romano. O projeto teve um custo de perto de 150 000 euros, sendo financiado pelo Alentejo 2020 em 75 por cento, pela Câmara de Beja em 13 por cento (20 000 euros) e pela Ineditradição em 12 por cento.

 

Que informação é disponibilizada na plataforma e que critérios estiveram na base da seleção dos monumentos incluídos?Toda a informação histórica que foi possível reunir sobre cada um dos cinco monumentos que integram esta fase do Beja Monumental estão desde já disponíveis na plataforma. Selecionaram-se estes cinco monumentos por terem um relevo importante no contexto histórico da cidade e também porque, do ponto de vista de toda a scanarização para efeitos de adaptação posterior a 3D, eram os monumentos que davam garantia de melhor efeito e de melhor poderem ser trabalhados.

 

A apresentação do projeto terminou com um debate sobre a influência dos meios digitais em património como forma de divulgação turística. Que peso tem atualmente essa influência? E qual será a tendência?Esta plataforma tem desde logo um efeito inclusivo porque permite que mesmo quem não tenha possibilidades físicas de poder visitar em contexto real os espaços reproduzidos na plataforma poder fazê-lo através deste novo instrumento digital. Permite também, para efeitos de estudo e de investigação, uma linguagem completamente nova até agora inacessível a estudantes e investigadores e permite, claro, uma divulgação da monumentalidade de Beja à escala global com documentários e visita em 3D e estes espaços, valorizando e potenciando o concelho e a região. A Câmara de Beja acredita que o peso desta influência tende a ser cada vez maior no futuro, sobretudo para captar para Beja turistas mais jovens, que fazem muitas das suas escolhas e opções em função do que visualizam e consultam no mundo digital. Esta é uma aposta correta da Câmara de Beja. Não temos dúvidas.

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