Texto Nélia Pedrosa
Os Vocalistas, constituídos por Bernardo Emídio (voz), Rúben Lameira (voz) e Zé Emídio (voz e campaniça), deram o seu primeiro concerto em outubro de 2014, em Castro Verde. No primeiro CD que irão lançar ainda durante o presente ano participam nos coros Miguel Garcia e Ricardo Furão, são ainda músicos convidados João Frade (acordeão e arranjos), Marito Marques (percussões), Leonardo Tomich (bateria), Adriano Alves (baixo), Tiago Oliveira (guitarra), Diogo Duque (trompete) e Rafael Correia (programações). Em 2017 o grupo obteve o segundo lugar no programa “A Capella”, um concurso de música da RTP em que o único instrumento permitido era a voz.
A poucos meses de completarem cinco anos de existência, Os Vocalistas, grupo formado por Bernardo Emídio, Rúben Lameira e Zé Emídio, irão assinalar o aniversário com o lançamento “no mercado físico e digital” do seu primeiro registo em CD, trabalho esse que será apresentado em Beja, “num grande concerto com a participação de músicos e cantores convidados”. Pensado “com o intuito de entrar no âmbito da world music”, “com influências da música de outras paragens e tendo como raiz principal o cante alentejano”, este primeiro álbum vai incluir uma música/moda original, inspirada “no cante alentejano e na sua forma mais pura (à capela)”, porque o grupo defende que deve “dar-se continuidade à composição de novas modas alentejanas” para que o “cancioneiro seja ampliado, e que um dia não se esgote”.
Lançaram recentemente “Se fores ao Alentejo”, o vídeo do primeiro single extraído do primeiro álbum que estão a preparar e que deverá ser apresentado ainda durante este ano. Como caracterizam este vosso primeiro trabalho? Qual foi o critério para a seleção dos temas?Este nosso primeiro álbum foi pensado com o intuito de entrar no âmbito da world music, naturalmente com influências da música de outras paragens e tendo como raiz principal o cante alentejano. Os temas que escolhemos para o alinhamento deste CD são recolhas de músicas que fomos encontrando aqui e ali nas nossas pesquisas, pelas quais nos fomos “apaixonando” e que ainda não tínhamos explorado.
Este álbum de estreia integra um tema original. Em que é que se inspiram para compor? Que peso tem atualmente a composição no trabalho que vêm desenvolvendo? Vamos incluir neste trabalho uma música/moda original, toda ela inspirada no cante alentejano e na sua forma mais pura (à capela). Neste momento há poucos compositores a criar para a música alentejana e, por conseguinte, achamos que é de extrema importância dar-se continuidade à composição de novas modas alentejanas para que o nosso cancioneiro seja ampliado, e que um dia não se esgote.
Os Vocalistas vão comemorar cinco anos de existência. Como se assumem atualmente? Há diferenças significativas em relação ao início? E como será assinalado o quinto aniversário?Os Vocalistas completam cinco anos de actividade antes do final deste ano e começaram como grupo de música tradicional alentejana, apenas incluindo um único instrumento além das vozes na música que interpretam: a viola campaniça, inicialmente chamada viola do Alentejo ou viola de Beja. Durante o percurso destes cinco anos de existência foram incluídos outros instrumentos: percussões, beatbox, acordeão, etc., e também foram fazendo arranjos vocais pouco utilizados no cante alentejano, dando assim uma nova roupagem à nossa música e tornando-a mais virada para as “músicas do mundo”. É nossa intenção comemorar cinco anos de existência com o lançamento no mercado físico e digital do nosso primeiro registo em CD e com a apresentação do mesmo em Beja, num grande concerto com a participação de músicos e cantores convidados.