Diário do Alentejo

Associação do Fundo à Superfície, de Aljustrel, lança revista

20 de junho 2025 - 13:00
Publicação sobre cultura e património pretende “colmatar lacuna” existente na região

Abrangendo várias temáticas relacionadas com a conservação e preservação do património material e imaterial, é lançada amanhã, em Aljustrel, pela associação Do Fundo à Superfície, o primeiro número da “Aliustre – Cultura e Património”, revista de periodicidade bianual.

 

Com o objetivo de “colmatar uma lacuna existente no panorama editorial da região”, a Associação de Defesa do Património Mineiro, Cultural e Ambiental do Concelho de Aljustrel – Do Fundo à Superfície, apresenta amanhã, sábado, 21, às 16:00 horas, na Biblioteca Municipal de Aljustrel Luís Amaro, o primeiro número da revista “Aliustre – Cultura e Património”. Trata-se, de acordo com referida associação, “de uma nova iniciativa” que “pretende valorizar a cultura e a preservação do património de Aljustrel mas também desta região do Alentejo”.

“É uma revista exclusivamente dedicada à cultura e ao património, com uma vertente muito forte do património mineiro, mas não só. Portanto, será uma revista eclética, que aborda várias questões. Não se vai cingir apenas à arqueologia, mas [abordar] também a história, o conto, a poesia, o humor, através de cartoons”, adianta, em declarações do “Diário do Alentejo”, o presidente da direção da associação, Manuel Camacho.

Com uma periodicidade bianual – a segunda edição deverá ser lançada em dezembro – a revista contará com a intervenção de profissionais “que, abnegadamente, partilham os seus trabalhos de pesquisa”. Manuel Camacho reforça que se pretende que a publicação seja “aberta à participação de investigadores, historiadores, de pessoas que possam acrescentar memória, património, cultura e, portanto, as vivências coletivas da nossa região”.

Deste primeiro número, de 88 páginas, o presidente da associação destaca três temas: “Iremos revelar uma escritora do início do século passado, Maria Portugal Dias, que não é conhecida. Fazemos uma resenha da sua vida, do ponto de vista biográfico, e também da obra publicada. Depois temos uma investigação arqueológica na herdade do Reguengo, em Messejana, feita por vários investigadores arqueólogos, e, ainda, uma entrevista com Eduardo Moreira, que foi o primeiro entusiasta, em Aljustrel, a fazer o Museu Mineiro, de uma forma graciosa, e que ao longo do tempo tem vindo a dar o seu contributo na investigação. É um homem autodidata, mas que tem, do nosso ponto de vista, uma importância crucial na abordagem dos temas mineiros”. A revista irá, contar, ainda, com um cartoon de Luís Afonso.

Manuel Camacho sublinha que a publicação da revista “Aliustre” – cuja origem etimológica do nome “deriva da palavra que constitui a raiz do topónimo ‘Aljustrel’, e que se encontra registada na Carta de Doação de D. Sancho II à Ordem Militar de Santiago, datada de 1235” – foi uma das primeiras “ambições” da associação Do Fundo à Superfície, a

par da realização das exposições “Aljustrel – 100 Anos, do Fundo à Superfície” e “Dádiva. Luís Amaro – Uma vida em livros”.A publicação conta com o patrocínio do LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia, da Orica Mining Services Portugal, Lda e da Associação de Beneficiários do Roxo. Nélia Pedrosa

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