Reagir Incluir Reciclar (RIR), Bloco de Esquerda (BE), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Partido Popular Monárquico (PPM), Volt Portugal (VP), Ergue-te (E), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), Nova Direita (ND) e Alternativa Democrática Nacional (ADN). São estas as designações dos 11 partidos – para além dos quatro que têm ou já tiveram assento parlamentar na Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Beja.
O “Diário do Alentejo” quis saber quais as ideias e propostas desses partidos para a região.
1 - Quais são as três grandes prioridades do seu partido para o distrito de Beja?
A prioridade é clara: devolver a vida a Beja. A falta de investimento por parte do Estado, que resulta no crescente despovoamento do distrito, é a principal responsável pelos problemas que Beja enfrenta. Temos de investir numa ferrovia eletrificada, de alta velocidade, que garanta a ligação entre capitais de distrito, na reativação de alguns ramais para facilitar a mobilidade dentro da região e na construção de uma linha que permita a ligação direta Beja-Évora--Lisboa. Precisamos de uma requalificação do IP8, que garanta a mesma qualidade e segurança do IP2. Para combatermos o abandono e o despovoamento do distrito, e para impulsionarmos a nossa economia, é essencial investir no trabalho remoto, para que os jovens possam permanecer na região sem terem de abdicar dos seus objetivos profissionais, e investir na fixação de empresas e indústrias que criem postos de trabalho e atraiam maior investimento nacional e estrangeiro. Temos de investir na Saúde, desde a ampliação do hospital de Beja ao investimento na fixação de médicos, enfermeiros e técnicos, ao aumento da remuneração e valorização das carreiras dos profissionais de saúde. Só assim os cidadãos terão acesso ao direito à Saúde, que é um dos pilares da sociedade.
2 - Como “dar peso” à região junto dos poderes de decisão?
A perda de eleitores no distrito é preocupante por deixar Beja em risco de passar a eleger menos deputados do que já elege. A falta de investimento no distrito tem de ser combatida para evitar uma maior perda de eleitores e reverter o processo de despovoamento que enfrentamos. O Volt defende uma reforma do sistema eleitoral para garantir uma maior representatividade das regiões que elegem menos deputados com a implementação de, entre outras medidas, um círculo de compensação, à semelhança do que acontece nos Açores, para assegurar que não há votos desperdiçados, e a regionalização, com um mapa de regiões elaborado e votado por assembleias de cidadãos – a ser elaborado antes do referendo –, para garantir que temos uma maior representação no parlamento e que as questões que lá são apresentadas são as importantes para os cidadãos do distrito.
3 - O que será um bom resultado, no círculo de Beja, para o seu partido?
E mbora consideremos que a situação política atual pode ser uma boa oportunidade para o nosso crescimento, face à desilusão dos eleitores com os partidos do sistema, continuamos cientes do desafio que é um partido pequeno conquistar votos, especialmente, um partido ainda relativamente desconhecido no distrito, como é o caso do Volt. Consideramos que um resultado positivo nestas Legislativas seria obtermos entre os 200 e os 300 votos. A nossa maior prioridade é apresentar à população uma alternativa ao bipartidarismo e às promessas vazias que nos têm condenado a uma situação constante de instabilidade política em vez de procurarem resolver os problemas económicos e sociais que enfrentamos e mostrar que existe um partido que envolve os cidadãos na criação das soluções e apresenta medidas reais, baseadas em ciência, e que coloca os cidadãos à frente de quaisquer ideologias ou partidarismos.