Diário do Alentejo

Misericórdia de Beja recebe 18 utentes e três funcionárias da Cruz Vermelha

03 de outubro 2024 - 12:00
Processo “foi cuidadosamente planeado e coordenado entre ambas as instituições”
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A Santa Casa da Misericórdia de Bejae a Cruz Vermelha Portuguesa formalizaram a cedência de posição contratual em serviços de apoio domiciliário. O processo entrou em vigor na terça-feira, dia 1. Dezoito utentes e três funcionárias transitaram de entidade.

 

Texto Nélia Pedrosa

 

A Santa Casa da Misericórdia de Beja (SCMB) assumiu na terça-feira, dia 1, a prestação do serviço de apoio domiciliário (SAD) disponibilizado até ao dia 30 de setembro pela delegação da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), através da “formalização da cedência de posição contratual, no âmbito do acordo de cooperação com o Centro Distrital de Segurança Social de Beja” respeitante ao referido serviço.

 

Em nota de imprensa enviada ao “Diário do Alentejo” (“DA”), as duas entidades afirmam que o processo “foi cuidadosamente planeado e coordenado entre ambas as instituições, com o objetivo de assegurar uma transição eficaz e sem interrupções para os utentes, garantindo que tanto os atuais como os futuros beneficiários continuem a usufruir do apoio necessário de forma adequada”, e que “a prioridade absoluta foi manter a qualidade dos cuidados prestados, assegurando que os padrões de segurança e dignidade dos utentes fossem integralmente respeitados”.

 

Mediante esta cedência de posição, transitaram para a SCMB os 18 utentes do SAD da Cruz Vermelha, no entanto, adianta o provedor ao “DA”, o acordo de cooperação celebrado com a Segurança Social contempla 40 vagas, ao que acrescem mais 10 destinadas a privados.

 

João Paulo Ramôa sublinha que, “evidentemente, agora”, a SCMB “terá de arranjar mais utentes, porque, neste momento, a valência, assim, é deficitária financeiramente”. Para além dos 18 utentes, transitaram, ainda, três das seis funcionárias da delegação da Cruz Vermelha afetas ao SAD.

 

“Precisávamos de uma equipa de três pessoas, essas três já tinham conhecimento [do serviço] e quiseram vir. Nenhuma rejeitou”, frisa o responsável, adiantando que os serviços disponibilizados pelo SAD “são muito mais do que os serviços que normalmente são protocolados com o Estado, como alimentação, higiene, limpeza da habitação”.

 

“Nós fomos, ao longo dos últimos anos, criando atividades que não eram financiadas, atividades essas que agora serão disponibilizadas [no âmbito do SAD]. As pessoas têm cada vez mais exigências, para além das básicas”, diz, salientando que “sai muito mais barato ao Estado e a toda a comunidade se conseguirmos manter as pessoas em casa, mas devidamente acompanhadas [pelos vários serviços de apoio]”.

 

O provedor esclarece, ainda, que o projeto “nasceu” depois de a SCMB ter tomado conhecimento através da comunicação social “que iria haver algumas reformulações” na CVP. “Fomos a Lisboa perceber em que é que podíamos ajudar para resolver os problemas das pessoas que a Cruz Vermelha acompanhava, e com o presidente rapidamente vimos onde é que nos podíamos encaixar e fizemos um acordo muito simples e muito rápido. Tivemos uma semana para irmos pensando de parte a parte. Depois, os técnicos, entre eles, foram construindo o projeto, visitando também outras instituições onde as boas práticas eram norma. [Por fim] colocámos a questão à Segurança Social. Foi muito simples”.

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