Diário do Alentejo

Apicultores receberam apoios

18 de agosto 2024 - 08:00
Presidente da Aasacv considera ajuda “importante”Foto| Ricardo Zambujo

Os apicultores que viram a atividade afetada pelos incêndios do ano passado, nos concelhos de Odemira e Aljezur, receberam ajudas do Estado que o presidente da Associação de Apicultores do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina classifica como “significativas”.

 

Os apicultores afetados pelo incêndio de há um ano, em Odemira, já receberam as ajudas do Estado para manutenção das colmeias que “escaparam” às chamas, revelou a Associação de Apicultores do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (Aasacv).

Em declarações à “Lusa”, Fernando Duarte, presidente da associação, disse: “Houve uma ajuda significativa, por parte do Estado, aos apicultores”. De acordo com este responsável, o fogo, com início no dia 5 de agosto de 2023 e que persistiu durante seis dias nos concelhos de Odemira e Aljezur, afetou “545 colmeias no Algarve e 537 no Alentejo”.

Em setembro desse ano o Governo criou um apoio extraordinário, com uma dotação de 25 mil euros, destinado aos apicultores afetados. Uma “ajuda única” que permitiu comprar alimento para as abelhas, no início de inverno que se seguiu ao incêndio, numa altura em que a paisagem “não tinha nada à sua volta”, disse Fernando Duarte. O Estado “nunca tinha dado uma ajuda tão significativa, como deu para este incêndio”, e “foi exemplarmente rápido, coisa que não é muito vulgar em Portugal”, sublinhou.

A produção de mel “foi afetada”, mas, segundo o dirigente, com a chuva “superior ao normal”, no último inverno, os “apicultores recuperaram algumas perdas”. Nos primeiros tempos “as abelhas tiveram de ser alimentadas”, mas com o nascimento da vegetação e a regeneração de algumas espécies, “como o rosmaninho e o medronheiro”, será possível garantir a produção, afiançou. Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, este fogo foi o maior registado em 2023, tendo consumido cerca de 7500 hectares.

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