A propósito da recente candidatura, promovida pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERT Alentejo), para que o Baixo Alentejo seja a “Cidade Europeia do Vinho 2026”, o “Diário do Alentejo” conversou com o primeiro-secretário da Cimbal, Fernando Romba, sobre em que é que consiste esta candidatura, em que fase a mesma se encontra e que importância poderá ter este “título” para a região.
Texto Ana Filipa Sousa de Sousa
Em que consiste a candidatura do Baixo Alentejo a “Cidade Europeia do Vinho 2026”, desenvolvida pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) e Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERT Alentejo)?
Esta candidatura decorre de um desafio que o presidente da ERT Alentejo, José Santos, lançou ao Baixo Alentejo e o qual foi agarrado pela Cimbal. Recordamos a excelente promoção territorial que os colegas da CIMDouro [Comunidade Intermunicipal do Douro] efetuaram com a “Cidade Europeia do Vinho 2023” e, atendendo às especificidades do nosso território, consideramos que preenche os “requisitos” necessários: temos excelentes vinhos, dos melhores enoturismos do País e da Europa, temos já oferta de camas turísticas em quantidade razoável, mas, sobretudo, de grande qualidade e, finalmente, o solar do vinho de talha está no nosso território. Queremos que esta candidatura, que tem como “chapéu” o vinho, seja, sobretudo, uma excelente ferramenta para promovermos o Baixo Alentejo, aliando a nossa gastronomia, o cante alentejano, a nossa afável forma de receber, assim como o nosso extraordinário património, ao vinho que produzimos.
Em que fase se encontra a candidatura?
Estamos na fase de preparação do dossiê de candidatura, para a qual contamos com o apoio de uma empresa especializada, contratada pela ERT Alentejo, assim como na fase de preparação do vídeo promocional. Recordo que na edição da Bolsa de Turismo de Lisboa deste ano fizemos a primeira apresentação pública. Registe-se também o envolvimento de todos os autarcas da região, que não têm regateado esforços no seu apoio. A primeira reunião pública que efetuámos foi dirigida aos produtores do Baixo Alentejo, apresentando a informação disponível e recolhendo os vários contributos. Para além do fator de marketing territorial, também é nosso desígnio ajudarmos na promoção dos nossos vinhos, valorizando-os e procurando novos mercados.
Que importância poderá ter este “título” para o Baixo Alentejo?
Para além do reconhecimento de um setor que tem crescido nos últimos anos e melhorado significativamente a sua qualidade, pretendemos colocar o Baixo Alentejo no mapa de outros operadores turísticos, beneficiando da excelente oferta de que dispomos, principalmente, no enoturismo. Queremos mostrar o melhor que a nossa região tem para oferecer e atrair novos turistas e visitantes para o território. Naturalmente, a “reboque” do vinho pretendemos mostrar o nosso património natural, as nossas praias fluviais, o património construído e os nossos museus, no fundo, o melhor que os nossos 13 concelhos têm para oferecer. É por isso que desafiamos todos os baixo-alentejanos a serem embaixadores desta candidatura, reforçando-a com a sua natural forma de receber, com a simpatia e boa disposição que nos caracterizam.