A propósito da campanha “Roupeiro solidário”, promovida pela Santa Casa da Misericórdia de Beja (SCM de Beja) entre os dias 18 e 22 na praça Diogo Fernandes (jardim do Bacalhau) e na igreja da Misericórdia, na praça da República de Beja, o “Diário do Alentejo” conversou com a técnica e a coordenadora do gabinete de Ação Social da entidade, Raquel Amado e Francisca Guerreiro, respetivamente, sobre os objetivos e o balanço da iniciativa, assim como a perspetiva no terreno da SCM de Beja quanto às atuais necessidades.
Texto Ana Filipa Sousa de Sousa
Em que consistiu a campanha “Roupeiro solidário”, promovida pela Santa Casa da Misericórdia de Beja, que decorreu entre os dias 18 e 22, no praça Diogo Fernandes (jardim do Bacalhau) e na igreja da Misericórdia, na praça da República de Beja?
A iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Beja “Roupeiro solidário” teve como objetivo apoiar quem mais precisa, através da recolha e partilha de roupa de inverno. Esta iniciativa consistiu em criar um espaço onde as pessoas podiam deixar peças de roupa que já não utilizavam e levar as que necessitavam, promovendo solidariedade, inclusão e sustentabilidade na comunidade.
Que balanço a SCM de Beja faz da iniciativa?
A Santa Casa da Misericórdia de Beja faz um balanço extremamente positivo da iniciativa “Roupeiro solidário”. Esta ação gerou uma verdadeira onda de solidariedade, com a mobilização não só de particulares, mas também de entidades dos setores privado e público, que se uniram em prol desta causa. Para além dos cerca de 400 quilos de roupa que inicialmente disponibilizámos, estimamos que a comunidade tenha contribuído com cerca de 300 quilos adicionais, o que evidencia um forte espírito de entreajuda e um compromisso coletivo com os mais necessitados. Agradecemos profundamente a todos os que contribuíram para o sucesso desta iniciativa, incluindo os cidadãos que generosamente deixaram peças de roupa, mas também os nossos parceiros da rede social que estiveram ao nosso lado, colaborando ativamente na divulgação, logística e apoio à causa. Agradecemos igualmente aos órgãos de comunicação social, que desempenharam um papel crucial ao dar visibilidade à campanha e mobilizaram ainda mais pessoas a participarem.
Por fim, qual é a perspetiva no terreno, da SCM de Beja, quanto às atuais necessidades?
A nossa perspetiva no terreno evidencia a necessidade de mais momentos de partilha e de criação de redes que nos permitam mobilizar a comunidade para as problemáticas sociais existentes. Temos plena consciência do que se vive diariamente nas ruas de Beja, uma realidade visível e conhecida, mas também nos preocupam as famílias que enfrentam dificuldades em silêncio, por vergonha ou receio de pedir ajuda. É fundamental reforçar a solidariedade e a proximidade para chegar a quem mais precisa, de forma digna e inclusiva.