Diário do Alentejo

Nerbe tem em vista segunda fase do centro de incubação

26 de julho 2024 - 12:00
Câmara de Beja financiará em 10 por cento execução da obraFoto| Ricardo Zambujo

O Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral e a Câmara Municipal de Beja assinaram, na semana passada, um protocolo de colaboração para, caso a CCDR Alentejo abra, “a curto ou médio prazo”, um aviso, fique assegurado o alargamento do Centro de Incubação de Base Tecnológica, sediado em Beja. No total, prevê-se a criação de mais 34 espaços de ocupação física.

 

Texto Ana Filipa Sousa de SousaFoto Ricardo Zambujo

“É importante para o Nerbe, é importante para o município de Beja, e esperemos que seja, no futuro, também importante para a região. Na prática, este protocolo que assinámos permite ao Nerbe ter a certeza que pode concretizar, caso a CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional] Alentejo abra, a curto ou médio prazo, um aviso, como é expectável que possa vir a acontecer, a segunda fase do Centro de Incubação de Base Tecnológica (CIBT). [Assim], este aporte financeiro, esta ajuda financeira muito substancial do município de Beja, permite concretizar esse empreendimento”.

É desta forma que Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja, explica ao “Diário do Alentejo” o protocolo assinado, no passado dia 19, com o Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral.

Em causa está “um auxílio na ordem dos 10 por cento”, ou seja, 250 mil euros, que, caso seja aprovada a candidatura do projeto por parte da CCDR Alentejo, permitirá “ampliar” o CIBT.

“Nós estamos a falar de um financiamento que é expectável na ordem dos 85 por cento [por parte da CCDR Alentejo], mas, ainda assim, 15 por cento não seriam financiados, portanto, o Nerbe não poderia executar a segunda fase. [Por isso], o município tem aqui um papel muito importante”, acrescenta o autarca.

No total, prevê-se que a segunda fase do CIBT possa disponibilizar 34 espaços de incubação física, três cabines insonorizadas, duas salas de coworking, duas salas de formação, duas zonas sociais, um mini auditório e uma sala de reuniões

“De facto, a primeira fase foi extremamente bem-sucedida, está em overbooking, [ou seja], com os espaços todos ocupados – 14 espaços físicos, sete incubações coworking e uma incubação virtual – e com muitas pequenas empresas em lista de espera para poderem incubar-se com três ou quatro trabalhadores. Mas o mais importante é sabermos que, daqui a dois ou a três anos, podemos ter muitos jovens em Beja a trabalhar nestas denominadas startups [e] a fixarem-se no território”, garante o edil.

Por seu turno, David Simão, presidente do Nerbe/Aebal, admite que o projeto do CIBT é a “casa de várias iniciativas”, privadas e públicas, e acrescenta “uma riqueza inestimada” à região possível de ser replicada “noutras geografias, noutros concelhos”.

“Apesar de este ser um espaço extremamente agradável, a sua verdadeira riqueza é realmente potenciar a agenda dinâmica do networking [e] do trabalho em conjunto com as empresas aqui incubadas e o meio envolvente. O hábito que criámos neste espaço dinâmico enriquece a região e ajuda o desenvolvimento sustentável da mesma. Cada vez que recebemos visitas, que mostramos este funcionamento e que vamos produzindo resultados em conjunto há mais vontade de replicar este exemplo. Isso realmente é uma sensação de dever cumprido”, refere.

Ainda sem data de aviso de abertura, o presidente do Nerbe espera que “no final de 2025” possa “inaugurar estas novas obras” e dar início a um novo ciclo que, para já, conta com “várias manifestações de interesse unidas para este novo espaço”.

“Acredito que a segunda fase vai ser um sucesso como a primeira. É o maior investimento que a associação irá fazer desde a génese das suas géneses, desde a construção deste edifício. É um investimento total superior a dois milhares de euros e que, realmente, pode trazer um valor de acrescento tanto às pessoas da região, como às entidades, que poderão sempre frequentar este espaço”, confirma.

Quanto ao protocolo, tem a duração de 10 anos e permitirá que o município de Beja possa “usufruir de forma gratuita de todos estes espaços sempre que tenha convidados na cidade, no concelho [ou] sempre que queira fazer algum tipo de reunião”.

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