Diário do Alentejo

Aljustrel amplia Centro Escolar Vipasca e requalifica escola secundária

29 de junho 2024 - 08:00
Obras consideradas prioritárias, num valor superior a oito milhões de euros, devido ao aumento da população estudantil no concelho
Foto | Ricardo ZambujoFoto | Ricardo Zambujo

A ampliação do Centro Escolar Vipasca, em Aljustrel, num investimento de mais de três milhões de euros, deverá ter início em julho, segundo adiantou a câmara, que também já candidatou o projeto de requalificação da escola secundária, com um valor de cinco milhões de euros, ao Plano de Recuperação e Resiliência.

 

Texto Nélia PedrosaFoto Ricardo Zambujo

 

A Câmara Municipal de Aljustrel vai avançar no próximo mês de julho com a obra de ampliação do Centro Escolar Vipasca, num investimento de mais de três milhões de euros, com financiamento comunitário no âmbito do Portugal 2030, e que a autarquia considera “prioritária”. “[Esta ampliação] é uma necessidade que vimos a constatar porque a população estudantil no concelho de Aljustrel tem vindo a aumentar em virtude do desenvolvimento económico. Há um grande crescimento, há muitas empresas a instalarem-se em Aljustrel, há muita oferta de emprego e, então, vêm pessoas de fora que se vão fixando”, justifica o presidente do município ao “Diário do Alentejo” (“DA”), adiantando que, atualmente, “as salas [de aula] estão todas praticamente cheias”.

A autarquia irá aproveitar a pausa letiva para realizar os trabalhos que irão causar “maiores constrangimentos, nomeadamente, a demolição do antigo ‘bloco C’, que se encontra desajustado às exigências de ensino atuais”, segundo refere o município em comunicado de imprensa enviado ao “DA”, acrescentado que “será erguido um novo edifício autónomo que permitirá reforçar as valências existentes de ensino pré-escolar e ensino básico do 1.º ciclo”, desenvolvendo-se a construção “em dois pisos, interligados por escadas e ascensor dimensionado para a circulação de pessoas com mobilidade condicionada”.

De acordo com Carlos Teles, a ampliação do centro escolar permitirá dotá-lo de mais valências, como “laboratórios, salas de música e de artes performativas, auditórios”, “dando uma nova qualidade ao ensino” e que se espera que, depois, se reflita “nos resultados dos alunos”. Estas novas valências, dado a proximidade com a EB 2,3 Dr. Manuel Brito Camacho, adianta o autarca, poderão também servir aquele estabelecimento.

O presidente espera que as obras de ampliação do Centro Escolar Vipasca, cujo auto de consignação foi assinado na semana passada, possam estar concluídas antes do início do ano letivo de 2025/26. “Não será fácil, mas vamos tentar que assim seja”, reforça.

“Com este novo empreendimento complementar-se-á o conjunto de edifícios escolares já existentes, nomeadamente, numa parcela de terreno com aproximadamente 2,6 hectares”, acrescenta, ainda, a autarquia.

 

Secundária e EB 2,3 são prioritárias a reabilitar

 

Considerando que o número de alunos “está a aumentar em todos os ciclos de ensino”, a câmara também já candidatou a requalificação da escola secundária, no valor de cinco milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Carlos Teles lembra que a Escola Secundária de Aljustrel é um dos 12 estabelecimentos de ensino que foram identificados, pelo anterior Governo, como prioritários a reabilitar, no âmbito do acordo de descentralização de competências para a área da Educação, assinado entre o executivo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses. “A escola secundária está na lista como ‘urgente’, está candidatada ao PRR, agora é aguardar”, diz.

Da lista dos estabelecimentos identificados pelo Governo consta, ainda, a já referida Escola Básica 2,3 Dr. Manuel Brito Camacho, também considerada “urgente”. Segundo o autarca, o projeto de requalificação está a ser desenvolvido. “Tentaremos, depois, ver as hipóteses de financiamento no futuro”, frisa, acrescentando que a câmara “também tem vindo a intervir nas freguesias [na área da Educação] para dotar as escolas de melhores condições”, investindo todo os anos “um pouco do seu orçamento”, porque não “existe financiamento para essas obras”. “As escolas [das freguesias] têm todas as mesmas necessidades, neste momento vamos tentando colmatar as mais urgentes. No ano passado, por exemplo, fizemos importantes investimentos em Montes Velhos e Messejana, onde dotámos as escolas de refeitórios, que não tinham, e neste ano iremos fazer outros melhoramentos, ao nível, também, da climatização e dos quadros interativos”, conclui.

Comentários