Diário do Alentejo

Greve na mina de Neves-Corvo suspensa após marcação de reunião com Governo

07 de junho 2024 - 12:00
Encontro está previsto para hoje, sexta-feiraFoto| Ricardo Zambujo

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) suspendeu a greve dos trabalhadores da mina de Neves- -Corvo, no concelho de Castro Verde, prevista para começar na passada terça-feira, dia 4, após a marcação de uma reunião com o Governo.

 

O STIM recebeu na última segunda-feira, dia 3, às 18:15 horas, uma comunicação do Ministério do Trabalho a marcar uma reunião para hoje, dia 7, indicou a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elé-tricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas.

O STIM disse que decidiu suspender a paralisação “na expectativa de que a administração evolua nas suas posições”, referindo-se à administração da Somincor, empresa concessionária da mina de Neves-Corvo. “Os resultados da reunião serão transmitidos num plenário, a agendar oportunamente”, acrescentou o sindicato.

A paralisação tinha sido aprovada pelos trabalhadores em plenários, realizados a 7 e 8 de maio, em virtude das propostas apresentadas pela Somincor às reivindicações dos trabalhadores “não satisfazerem as suas necessidades”.

Em 24 de maio, o coordenador do STIM, Albino Pereira, disse à agência “Lusa” que os valores apresentados “foram insignificantes e não atingem de maneira nenhuma as necessidades dos trabalhadores”.

Em causa está o caderno reivindicativo apresentado pelo STIM à Somincor, no final de 2023, e que acabou por motivar uma primeira greve já neste ano, realizada entre os dias 26 e 28 de março. Na altura, o sindicato fez um balanço positivo da paralisação, ao passo que a concessionária indicou que a adesão à greve não ultrapassou os nove por cento nos dois dias.

Tal como na greve de março, as exigências dos trabalhadores voltam a incidir na necessidade de “progressões na carreira e aumentos de salários justos de 150 euros por trabalhador”. São igualmente pedidos aumentos em vários subsídios e a renegociação do seguro de saúde. “Lusa”

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