Diário do Alentejo

“É preciso saber viver em comunidade e é necessário valorizarmos o património que temos enquanto povo”

18 de maio 2024 - 12:00
Três Perguntas a Buba Espinho, músico

A propósito do recente almoço que juntou 50 jovens organizado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no dia 25 de abril, no âmbito dos 50 anos da Revolução dos Cravos, o “Diário do Alentejo” conversou com o músico Buba Espinho, um dos jovens convidados, sobre a principal mensagem que o primeiro-ministro pretendeu transmitir neste encontro, a importância, para a perpetuação dos valores de Abril, de Portugal ser capaz de travar a ida de jovens para o estrangeiro e o que terá de mudar, de ser implementado, para que essa “fuga” seja efetivamente estancada, nomeadamente, nos territórios do interior, a exemplo do Baixo Alentejo.

 

Texto | José Serrano

 

Luís Montenegro assinalou, no dia 25 de abril, os 50 anos da Revolução dos Cravos com um almoço com 50 jovens, na residência oficial do primeiro-ministro, entre os quais Buba Espinho. Qual a principal mensagem que o primeiro-ministro pretendeu transmitir neste encontro que contou com a presença de jovens representantes de vários setores da sociedade portuguesa?A nível pessoal, desde o primeiro contato, senti que havia muita vontade do primeiro-ministro, Luís Montenegro, bem como da sua equipa, em estarem próximos dos jovens e mostrarem total abertura para ajudar a tornar possível que os seus sonhos, pessoais e profissionais, se possam concretizar no nosso País.

 

Como classifica a importância, para a perpetuação dos valores de Abril, de Portugal ser capaz de travar a ida de jovens para o estrangeiro?Essa seria uma conversa muito longa, porque sinto que há demasiados fatores que levam os jovens a saírem de Portugal. Desde há muitos anos que há portugueses a sair do País, este não é um problema de agora. É um problema estrutural da nossa sociedade, que teima em não valorizar o que temos, o que é nosso. Não valorizamos os nossos professores, não valorizamos os nossos médicos, não valorizamos os nossos embaixadores em várias áreas da arte. Obviamente que, se não há motivação, as pessoas preferem sair do seu país e recomeçar as suas vidas noutros lugares. 

 

O que terá de mudar, de ser implementado, para que essa “fuga” seja efetivamente estancada, nomeadamente, nos territórios do interior, a exemplo do Baixo Alentejo?Tem de existir abertura de mente e de espírito. É preciso saber viver em comunidade e é necessário valorizarmos o património que temos enquanto povo. 

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