Diário do Alentejo

Ressonância magnética entra em funcionamento na próxima semana

07 de março 2024 -
Beja deixará de ser o único distrito do País sem o referido equipamentoFoto| Ricardo Zambujo

O equipamento de ressonância magnética do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, entra em funcionamento durante a próxima semana, segundo avançou ao “Diário do Alentejo” (“DA”) o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), através do gabinete de comunicação.

 

Texto Nélia Pedrosa*

Foto Ricardo Zambujo

 

De acordo com o conselho de administração, “as obras estão na sua fase final, encontrando-se ainda alguns pormenores por ultimar”, mas que são “dominantemente trabalhos de exterior que não impedirão” que o primeiro exame “seja realizado na próxima semana”.

Recorde-se que em entrevista ao “DA”, em novembro último, José Carlos Queimado, presidente do conselho de administração da Ulsba, referiu que a empresa responsável continuava “a garantir que iria cumprir o prazo de, a 31 de dezembro, o equipamento [de ressonância magnética] estar a funcionar”, o que acabou por não se verificar.

Na edição de 12 de janeiro do “DA”, a Ulsba justificava “o atraso existente” com “questões de finalização da obra por parte da empresa, a qual conta entregar a mesma no início de fevereiro”, o que, mais uma vez, não se veio a concretizar. Na ocasião, segundo adiantava o conselho de administração, o equipamento já se encontrava “instalado no local” e os “técnicos e clínicos” já estavam “a fazer a sua formação”.

Com a entrada em funcionamento da ressonância magnética na próxima semana, o distrito de Beja deixará de ser o único do País sem o referido equipamento. O contrato para a aquisição do equipamento foi formalizado no final de 2022, sendo o valor do investimento de um milhão e 346 mil euros, 85 por cento dos quais suportados por fundos comunitários do Portugal 2020.

 

Ulsba vai ter centro de responsabilidade integrado dedicado à saúde mental A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo faz parte do conjunto de 15 unidades onde irão arrancar os primeiros centros de responsabilidade integrados (CRI) dedicados à saúde mental, numa primeira fase em projeto-piloto e durante 10 meses, segundo uma portaria publicada em “Diário da República”, no passado dia 29 de fevereiro.

O referido projeto-piloto, segundo avança a “Lusa”, prevê que as equipas sejam reorganizadas e trabalhem de acordo com um regime de incentivos em função de objetivos, tal como já acontece nos cerca de 40 Centros de Responsabilidade Integrada (CRI) existentes.

As equipas dos CRI de Saúde Mental para adultos serão multidisciplinares, com médicos, enfermeiros, administradores hospitalares, técnicos superiores de saúde, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, assistentes técnicos e técnicos auxiliares de saúde.De acordo com o Ministério da Saúde, a criação dos CRI para a saúde mental “permitirá uma melhoria da capacidade de resposta e gestão dos pedidos de consulta e acompanhamento aos hospitais já nos primeiros meses dos projetos-piloto, reforçando-se os sistemas locais de saúde mental para adultos”.

A saúde mental foi uma das áreas escolhidas para o início do novo modelo de CRI, sendo também uma das prioridades de investimento do Plano de Recuperação e Resiliência na Saúde, que aloca 88 milhões de euros ao reforço da resposta do SNS nesta área. *com “Lusa”

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