Diário do Alentejo

As ideias e propostas dos partidos

04 de março 2024 - 20:00
Entrevista a Pedro Ficalho Maciel – Nova Direita
Foto | D.R.Foto | D.R.

Para além do Partido Socialista, da Coligação Democrática Unitária (PCP e PEV) e da Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM), o “Diário do Alentejo” quis saber quais as ideias e propostas dos restantes 11 partidos (PCTP/MRPP e Ergue-te não responderam às questões) que compõem as candidaturas às eleições Legislativas de 10 março pelo círculo eleitoral de Beja para a região.

 

Pedro Ficalho Maciel – Nova Direita

60 anos. Reformado. Natural de Lisboa. Residente em Queluz

 

Quais são as três grandes prioridades do seu partido para o distrito de Beja?

Como cabeça de lista de candidatos do partido Nova Direita para o distrito de Beja devo apresentar as nossas principais ideias que pretendemos levar à discussão parlamentar na Assembleia da República como compromisso para a representação popular da região alentejana para a próxima legislatura que vai a eleições no dia 10. Consideramos que o Alentejo é a aposta certa para a criação duma rede ferroviária moderna, visando a revitalização da economia nacional, num plano de ligação entre Lisboa e os dois centros alentejanos de atividade económica essenciais para o País, que são o porto de Sines e o aeroporto de Beja. Apostamos na reabilitação do aeroporto de Beja como solução mais rápida e eficaz para aliviar o aeroporto de Lisboa, pelo que implica um plano articulado com adequadas linhas ferroviárias necessárias para habilitar a comunicação com as cidades de Lisboa, Faro e Sevilha, que beneficiarão do formidável potencial que Beja permite, oferecendo a solução ideal para a circulação de pessoas para os destinos da Andaluzia, do Algarve e da capital portuguesa. Mas não menos importante há que (re)pensar o transporte de mercadorias, articulado com o porto de Sines e uma terceira ponte sobre o Tejo, vocacionada para a circulação de cargas de grande dimensão e peso. Tanto a atividade do porto de Sines, como a imensa produção agrícola do Alentejo, atendendo ao enorme potencial de crescimento produtivo e capacidade de exportação, não pode continuar dependente da circulação rodoviária, não só por razões inimigas do ambiente, como pela insuficiente capacidade de carregamento que este meio de transporte não consegue comportar. Julgamos que a dinamização destas soluções potenciam o enriquecimento da região, atraindo mais pessoas através do crescimento socioeconómico tão abandonado pelo poder central nas últimas décadas. Também o combate ao tráfico humano explorado, essencialmente, pelas máfias asiáticas e africanas, resultante da irresponsável mudança de lei imposta pela esquerda radical de 2015, que dispensou a apresentação da prova de um contrato laboral. Iremos lutar pela revogação, restabelecendo as medidas de consenso nacional do controlo de fronteiras, protegendo os interesses do País e a dignidade das pessoas que escolhem o nosso país para refazer as suas vidas. A importância das regiões do País está incontornavelmente dependente do valor socioeconómico das mesmas. É preciso apresentar propostas que motivem os eleitores a aderirem através do poder do seu voto nas candidaturas que as populações se identifiquem e acreditem mais. Por isso, a Nova Direita, como partido recente, pretende, acima de tudo, cativar os eleitores perdidos na abstenção, muito mais do que tentar aliciar uma mudança de voto. Além de propostas para a revitalização da economia, lutaremos pelo reforço da segurança pública e da promoção cultural desta região tão imensamente rica e reconhecida, que ambicione a grandeza dos tempos áureos da Pax Julia.

 

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