Para além do Partido Socialista, da Coligação Democrática Unitária (PCP e PEV) e da Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM), o “Diário do Alentejo” quis saber quais as ideias e propostas dos restantes 11 partidos (PCTP/MRPP e Ergue-te não responderam às questões) que compõem as candidaturas às eleições Legislativas de 10 março pelo círculo eleitoral de Beja para a região.
Ana Paula Pereira – Iniciativa Liberal
45 anos. Professora e diretora pedagógica. Natural da Alemanha. Residente em Odemira
Quais são as três grandes prioridades do seu partido para o distrito de Beja?
Garantir que os jovens se podem fixar no distrito e que não precisam de sair do País para terem um salário e uma vida dignos. Promovendo o crescimento económico, através da criação de melhores acessos ferroviários, da exploração do aeroporto de Beja, ou através da conclusão do IP8, no trajeto alargado Sines/Vila Verde de Ficalho, potenciando a instalação de mais empresas, a fixação de população e a criação de riqueza; promover maior qualidade de serviço na Saúde, introduzindo a possibilidade de todos poderem ter um médico de família e um serviço de saúde atempado, seja no Serviço Nacional de Saúde, seja nas respostas dadas pelo setor privado ou social; promover condições para aumentar a oferta de habitação. Agindo sobre o IVA da construção, reduzindo-o de 23 para seis por cento, eliminando o IMT e o imposto de selo na compra de habitação própria permanente, promovendo maior oferta de terrenos para construção a preços acessíveis, através de concursos municipais, acelerando prazos de licenciamento, retirando entraves colocados por um Estado excessivamente burocrático, que deve ter, fundamentalmente, uma posição reguladora/fiscalizadora.
O distrito tem vindo a perder eleitores, elege apenas três deputados e a abstenção continua acima dos 40 por cento. Como é que se poderá “dar peso” à região junto dos poderes de decisão?
Em cada círculo eleitoral, como é o caso de Beja, elegem-se deputados para a Assembleia da República, que vão representar todos os portugueses. Outras regiões têm conseguido poder reivindicativo por terem deputados muito ativos, sem nunca esquecerem a terra onde nasceram e as suas populações, o que não tem acontecido no distrito de Beja. Por outro lado, o facto de o distrito eleger apenas três deputados cria nas pessoas o sentimento de que se o seu voto não for direcionado para os partidos que normalmente elegem deputados não serve para nada, promovendo o agravamento da abstenção. A IL defende que, tal como acontece, por exemplo, na Região Autónoma dos Açores, deveria ser criado um círculo eleitoral nacional, para que os votos em partidos com menor expressão eleitoral, na região, também contem. Já basta vivermos numa região onde o investimento é reduzido e onde não temos os transportes e os equipamentos urbanos e sociais dos grandes centros. Pelo menos, que todos os votos, do distrito, contem, como contam os daqueles que vivem nos grandes centros urbanos. Não aceitamos a existência de portugueses de primeira e de segunda.
O que será um bom resultado, no círculo de Beja, para o seu partido, nas Legislativas de 10 de março?
Estamos a apresentar o nosso projeto à população para eleger um deputado pelo distrito de Beja. No entanto, consideramos um bom resultado duplicar a votação que tivemos nas Legislativas de 2022.