Texto Aníbal Fernandes
A partir do dia 1 de janeiro o Hospital de São Paulo, em Serpa, vai funcionar em pleno, com o serviço de atendimento permanente (SAP) e todas as outras valências. A notícia foi confirmada ao “Diário do Alentejo” (“DA”) pelo presidente do secretariado regional de Beja da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Francisco Ganhão, adiantando ainda que será nessa data que a UMP assumirá a responsabilidade da gestão do referido equipamento.
Esta decisão vem no seguimento do que o “DA” noticiou no passado dia 13 de outubro e em que o presidente da UMP, Manuel Lemos, revelou que estavam a “selecionar um administrador residente” para o hospital, “porque gerir um hospital é algo complexo, não é a mesma coisa que gerir um lar”.
A solução não avançou na altura devido a salários em atraso e dívidas a fornecedores que ainda não estavam regularizadas – o que já deverá ter acontecido, em parte, com recurso ao Fundo de Socorro Social da Segurança Social, num valor entre 600 e 700 mil euros –, assim como algumas questões que se prendiam “com o próprio funcionamento” da nova unidade médico-cirúrgica e com a “dificuldade de entrega de algum material para a unidade poder funcionar com toda a segurança”.
Há duas semanas teve lugar uma reunião que juntou todos os provedores das misericórdias do distrito de Beja e os deputados Nelson Brito (PS) e João Dias (PCP), em que foi traçado o retrato das dificuldades destas instituições particulares de solidariedade social (IPSS).
Francisco Ganhão anunciou também que na próxima sexta-feira, dia 24, as misericórdias promoverão, na sede da Santa Casa da Misericórdia de Beja, uma conferência de imprensa em que o panorama geral da sua atividade será dado a conhecer à sociedade.