O Alentejo tornou-se, no passado dia 21, na primeira região do País a lançar uma estratégia de adaptação às alterações climáticas, com 50 medidas em 10 setores, para preparar a população e o território para os impactos esperados.
A Estratégia Regional de Adaptação às Alterações Climáticas do Alentejo, promovida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR Alentejo), “tem que estar ligada a tudo o que existe” de planeamento regional, referiu a vice-presidente da entidade promotora, Carmen Carvalheira, dando como exemplos os instrumentos de gestão territorial, o plano de ordenamento do território, a estratégia de especialização inteligente ou a agenda digital.
Entre as medidas apresentadas consta a adoção de técnicas para aumentar a água no solo, a reutilização de água, medidas para rega eficiente, o reforço da vigilância e dos alertas das temperaturas adversas, a promoção de energias renováveis e de novas práticas agrícolas, ou a melhoria da resiliência de infraestruturas e equipamentos.
Na sessão foram apresentadas projeções do clima para as próximas décadas na região, com três níveis de agravamento, sendo que, no pior cenário, entre os anos de 2071 e de 2100, a temperatura máxima do ar em média pode aumentar 5,5 graus celsius e a precipitação pode diminuir até 60 por cento.