Os autarcas representantes da Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo receberam, em Beja, Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial. Um encontro de trabalho cuja agenda se centrou nas questões relativas às necessidades de intervenção em infraestruturas escolares da região e ao financiamento dos municípios, no âmbito dessas mesmas carências. Ana Abrunhosa, em declarações ao “Diário do Alentejo”, acentuou, ainda, a importância da urgente valorização do aeroporto de Beja para o desenvolvimento da região.
Texto José Serrano
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, reuniu-se com os autarcas da região, na passada terça-feira, em Beja, a pedido dos responsáveis da Cimbal.
Os assuntos abordados no encontro incidiram, fundamentalmente, sobre o apoio recebido pelas infraestruturas escolares do Baixo Alentejo, no âmbito do programa Alentejo 2020, as necessidades de intervenção nessas mesmas infraestruturas, manifestadas pelos responsáveis dos 13 municípios do território, e os requisitos necessários de candidaturas, neste âmbito, para acesso ao financiamento do Alentejo 2030.
À entrada para a reunião, Ana Abrunhosa considerou: “Creio que será uma reunião relativamente fácil, uma vez que já está praticamente acertado, com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, o acordo para o financiamento deste programa de recuperação de escolas, que os municípios receberam, recentemente, no âmbito do processo de descentralização [de competências de Educação]”.
Contudo, referiu a ministra, “convém ouvir os autarcas, perceber as dúvidas que têm, esclarecendo em que consiste este programa de financiamento – até para estarem preparados para apresentarem candidaturas”.
Quando questionada sobre o Índice Sintético de Desenvolvimento Regional, recentemente apresentado pelo Instituto Nacional de Estatística, que indica que o Baixo Alentejo se encontra, em termos globais, abaixo da média nacional, Ana Abrunhosa, manifestando que tais indicadores “já não são novidade”, sublinhou a necessidade de um trabalho conjunto, no sentido de se diversificar a base económica do território.
“Temos aqui infraestruturas que urge dinamizar, nomeadamente, o aeroporto de Beja, que pode ter mais e melhor aproveitamento. Vamos iniciar um novo quadro comunitário – o Portugal 2030 –, sendo esta uma boa oportunidade para fazermos uma boa aplicação destes fundos. Volto a dizer, para diversificar a base económica do território, para criar boas condições de vida nos centros urbanos, para criar boas condições de mobilidade e para viabilizar as infraestruturas que já existem”.
Sobre o aeroporto de Beja, a ministra acentua a necessidade da sua valorização, opinião já por outras vezes por si manifestada: “Sim, acredito nisso [na importância do aeroporto de Beja para o desenvolvimento da região]. O que temos feito é procurar, com o Ministério das Infraestruturas, sempre que para isso somos solicitados, sensibilizar… Nós não temos a gestão dos aeroportos, mas fazemos o nosso papel – chamar a atenção para a importância de uma infraestrutura que o território já tem e que podia ser melhor aproveitada, em prol dos investimentos que já cá existem, mas também para atrair novos investimentos”.