Sunlize, pseudónimo artístico de Luís Piçarra, deu os seus primeiros passos como DJ em 2002. Desde aí, tem vindo a ser distinguido com diversos prémios, como “Future Superstar DJ’s by Hacienda Klub”, “Sapo DJ Battle” ou “Top30”, concedidos por vários produtores nacionais. Sendo um dos mais requisitados DJ do Sul do País, tem marcado, assiduamente, presença nos mais reconhecidos clubes e eventos musicais, nacionais e internacionais (Espanha, Macau, Moçambique). Recentemente, o mourense de 35 anos foi eleito um dos 30 DJ nacionais que mais se destacaram em 2022, resultado da votação conseguida na “100% DeeJay”, plataforma nacional de divulgação de música eletrónica.
Texto José Serrano
Qual a importância desta distinção, que o consagra como um dos melhores DJ nacionais?
É muito gratificante, para mim, receber esta distinção vinda do público que me acompanha e que acredita no trabalho que tenho vindo a desenvolver ao longo de todos estes anos. São duas décadas de trabalho árduo, de muitos dias longe da família e de muitas noites sem dormir, em prol da música. Assim, encaro esta distinção como uma motivação extra, para continuar o caminho que tenho vindo a traçar.
Quais as características principais que um DJ tem de ter para conseguir destacar-se, entre os demais?É muito importante praticar em casa, conhecer bem o equipamento e as músicas que dispomos, para ter a capacidade de conseguir “ler” o público e animá-lo, através do estilo de música que tocamos. Deste modo, considero que existem três pontos essenciais para que se possa ter notoriedade: o trabalho, a dedicação e, sobretudo, a paixão pela música e pela arte do DJing [ato de tocar música gravada para uma audiência ao vivo].
Do que não abdica, no seu set, para que as suas apresentações possam ser notáveis?Existe o “mito” de que se pode fazer uma festa memorável, num local qualquer, colocando apenas um DJ a tocar. Isso pode acontecer, mas, em princípio, para que haja uma boa festa é necessário que vários fatores estejam alinhados, e para que seja possível a magia acontecer é imprescindível ter boa publicidade, boa sonorização, boa iluminação do espaço, boa música e boa disposição.
O que é, para si, uma apresentação memorável?Considero que uma atuação é memorável quando vejo os sorrisos e a felicidade na cara das pessoas, do início ao fim do set. O meu trabalho, enquanto DJ, é criar essa atmosfera, fazer com que as pessoas se divirtam, conseguir que elas cantem, que dancem e que se esqueçam do stress e do seu dia-a-dia.
Quais as suas principais características, enquanto DJ, músico e comunicador?A música é uma forma de autoexpressão, logo, enquanto DJ/músico/comunicador tento sempre transmitir ao público boa energia através da música que toco e que me toca no coração.
Ambiciona que o futuro transponha o País para o mundo, tornando-se num dos DJ mais destacados do planeta?
A internacionalização é um objetivo que temos vindo a preparar e no qual continuo a trabalhar com a minha equipa. Sinceramente, nos dias que correm, não penso muito em vir a ser um dos DJ mais destacados do planeta – outrora já pensei. Neste momento o meu foco está em continuar a trabalhar, em conseguir fazer as pessoas felizes através da música que toco. Quanto a tudo o resto só o futuro o dirá, mas acredito que se dermos o nosso melhor, o Universo, mais dia, menos dia, nos irá retribuir.