Diário do Alentejo

Membros de gangues entre os grupos de timorenses

24 de setembro 2022 - 16:00
Não há relato de incidentes, mas autoridades acompanham situação
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A presença de elementos de gangues timorenses entre os grupos de migrantes que recentemente têm chegado a Portugal e, particularmente, ao Alentejo, colocou as autoridades policiais portuguesas em alerta.

 

Texto Aníbal Fernandes

 

Tal como o “Diário do Alentejo” noticiou há três semanas, parece confirmar-se a presença de elementos de gangues timorenses rivais entre os migrantes que têm chegado a Portugal nos últimos tempos para trabalhar nos campos.

 

Os grupos identificados são conhecidos em Díli e são responsáveis, há alguns anos, por graves confrontos naquele país, sendo considerados, pelos responsáveis timorenses, como “muito violentos”. Em 2013 foram proibidos, mas sete anos depois a decisão foi revertida.

 

Segundo o semanário “Expresso”, que cita fontes policiais portuguesas, estes elementos estão a ser monitorizados “numa perspectiva de prevenção da criminalidade”, mas, até ao momento, não há relatos de quaisquer incidentes em território nacional.

 

A presença destes grupos em Portugal é comprovada por vídeos colocados pelos próprios nas redes sociais Youtube e TikTok, onde é possível ver alguns elementos vestidos com camisolas com os símbolos identificativos dos gangues e gestos rituais dos mesmos.

 

O Governo criou um grupo de trabalho para acompanhar a situação e, no terreno, o SEF e outras forças policiais seguem de perto os movimentos destes jovens. Uma fonte contactada pelo “Diário do Alentejo” em Díli, diz que também no território timorense as autoridades locais têm, nas últimas semanas, feito um controlo mais apertado à atividade dos gangues.

 

Nas últimas semanas, voltámos a questionar a embaixada de Timor-Leste em Lisboa sobre o assunto, mas não recebemos as respostas prometidas por e-mail, conforme combinado com uma conselheira timorense ao telefone. Contactada pelo “Diário do Alentejo, a delegação regional do Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (Cnaim Beja) remeteu quaisquer esclarecimentos para o Alto Comissariado para as Migrações.

 

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