Cerca de 200 habitantes das duas aldeias do concelho de Beja já subscreveram um abaixo-assinado para exigir a reposição dos serviços de saúde nas povoações, revelou o presidente da União de Freguesias de Albernoa e Trindade.
Em declarações à agência “Lusa”, Carlos Casimiro indicou que estas duas aldeias ficaram sem serviços há dois meses, depois de a única médica que fazia atendimento ter ficado de baixa.
“Mas não são só os serviços médicos, são também os de enfermagem e administrativos. Ficámos sem nada”, lamentou o autarca, vincando desconhecer o motivo pelo qual os atendimentos deixaram de ser feitos em Albernoa e Trindade.
Carlos Casimiro adiantou que a união de freguesias já pediu, por diversas vezes, “uma reunião com urgência” à administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) para discutir este assunto, mas não obteve resposta.
Em resposta a questões colocadas pela “Lusa” através de correio eletrónico, a Ulsba justificou a ausência da médica “com o facto de se encontrar de atestado/baixa” e assinalou que este é também “um período em que muitos dos profissionais gozam férias”.
Além disso, a Ulsba destacou que tem “menos quatro médicos, que se reformaram nos últimos meses nesta unidade de saúde”, e que “o concurso entretanto aberto para recém-especialistas ficou deserto”.
Já o presidente da união de freguesias disse que a interrupção dos serviços médicos em Albernoa e Trindade “já aconteceu várias vezes”, a última das quais “há cerca de dois anos”, tendo então a população realizado também um abaixo-assinado.