Diário do Alentejo

José Guerra atento às comunidades migrantes

10 de dezembro 2021 - 16:00

Três perguntas a José Guerra, vice-presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo

 

 Texto José Serrano

 

Decorreu, entre 25 e 28 de novembro, em Ferreira do Alentejo, a Semana Intercultural, iniciativa promovida pela Câmara de Ferreira do Alentejo, através do Projeto Ferreira Intercultural.

 

Que balanço faz deste evento?

Muito positivo. O conjunto de atividades que incluiu a realização de seminários, workshops, ações de sensibilização, atividades culturais e desportivas, possibilitou a partilha de informação e o estreitar de relações entre todos os envolvidos.

 

Quais as principais reflexões que a Semana Intercultural proporcionou aos participantes, nomeadamente aos responsáveis da Câmara de Ferreira do Alentejo, entidade promotora?

O concelho e a região, à semelhança da generalidade dos territórios do interior, estão confrontados com o envelhecimento e a perda sistemática de população, que só através de um saldo migratório positivo pode ser invertido. Além disso, os recursos humanos disponíveis no território são manifestamente insuficientes para fazer face às necessidades da economia. A vinda de pessoas externas é do nosso interesse e a nossa obrigação é criarmos as condições adequadas à boa integração das comunidades migrantes.

 

Como classifica a atual situação social da comunidade migrante existente na região e quais as ações, neste contexto, que considera necessárias serem tomadas? 

O crescimento do fenómeno tem sido muito rápido e, em muitos aspetos, não estávamos preparados para responder com eficácia à dimensão do problema. Temos que estar especialmente atentos aos problemas da exploração laboral, da falta de habitação condigna e da integração social em geral. Em Ferreira do Alentejo foi aprovado e está a ser implementado um Plano Municipal para a Integração dos Migrantes, que intervém nas áreas do acolhimento, da habitação, da saúde, da educação, da ação social, da cultura ou do emprego e que envolve a participação do município, das freguesias, de entidades públicas, de entidades sem fins lucrativos, de empresas. É uma intervenção que está a dar os primeiros passos e que deverá contribuir para melhorar as condições de vida e a integração das comunidades migrantes. 

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