Diário do Alentejo

Convid-19: 6500 utentes com terceira dose da vacina

18 de novembro 2021 - 10:30

O processo de administração da terceira dose da vacina para o covid-19 está em andamento em todos os 13 concelhos cobertos pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba). Até ao momento foram beneficiados mais de 6 500 utentes acima dos 65 anos.

 

Texto Aníbal Fernandes

 

Segundo os responsáveis da Ulsba pela vacinação para a covid-19 e gripe já tinha sido administrada a terceira dose a 6605 utentes, 5674 com mais de 80 anos de idade (86 por cento), 881 entre os 65 e 79 anos (13 por cento) e 50 utentes com menos de 65 anos. No entanto, os serviços da Ulsba recordam que “a vacinação de utentes com idade abaixo dos 65 anos ocorre por prescrição médica”.

 

A vacinação da dose de reforço para a covid-19, bem como da gripe, decorre nos 13 concelhos da área da Ulsba, nos Centros de Saúde ou nos Centros de Vacinação existentes para o efeito, de acordo com o preconizado pela Direção Geral de Saúde. Paralelamente decorre a administração da 3ª dose contra a covid-19 e Gripe a utentes institucionalizados. Os utentes podem optar pela co-vacinação, ou em alternativa optar por tomar as vacinas com um intervalo de 14 dias entre ambas.

 

Em Beja, o Centro de Vacinação está a funcionar no Pavilhão Institucional do Parque de Feiras e Exposições, em regime de casa aberta às terças, quintas e sextas-feiras, entre as 14:00 às 17:00 horas, para as pessoas elegíveis.

 

Nas várias regiões do Alentejo, 87 por cento da população tem vacinação completa (duas doses) e 88 por cento levou pelo menos uma, região na qual foram administradas 1.192 vacinas.

 

SITUAÇÃO ESTÁVEL

Na área de influência da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) a situação encontra-se “estável”. Mário Jorge Santos, coordenador da unidade de saúde pública, disse ao “Diário do Alentejo” que estamos perante “um padrão endémico, principalmente entre os vacinados”.

 

“Quando aparecem surtos afetam principalmente comunidades fechadas e aí os casos são elevados, mas para os vacinados a perigosidade não é tão alta”, explica o especialista, acrescentando que muitas das mortes atribuídas ao novo coronavírus covid-19 “são devido a outras doenças fatais”, inflacionando, assim, a estatística.

 

Com a chegada do inverno é de esperar um aumento dos casos de covid-19 e gripe. “O padrão do novo coronavírus é semelhante ao da gripe. Desloca-se de Leste para Oeste e de Norte para Sul”. Tendo em conta as notícias que nos chegam do Norte da Europa (Alemanha e Noruega), onde se assiste já a um aumento de casos, “é previsível que entre dezembro e fevereiro se verifique um pico” na incidência destas duas patologias respiratórias, “mas não se espera que seja tão grave como os anteriores”, acredita Mário Jorge Santos.

 

No entanto, o coordenador da unidade de saúde pública da Ulsba recorda que com a baixa da temperatura as pessoas têm tendência para se manterem juntas em ambientes fechados, uma situação que é propícia ao aumento da incidência, sendo por isso de recomendar “o cumprimento das medidas conhecidas por todos de forma religiosa”: desinfeção das mãos, uso de máscara e afastamento.

 

Mário Jorge Santos refere que “vivemos num mundo global e a pandemia é mundial”, por isso ainda não terminou. “Com o agravamento da situação nos países da União Europeia aumenta o risco para os portugueses”, alerta.

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