Diário do Alentejo

“Não podemos afirmar que Amareleja é a mais quente”

06 de agosto 2021 - 10:45

Três perguntas a Luís Mestre, fundador e coordenador do projeto MeteoAlentejo – Associação de Meteorologia

 

Texto José Serrano

 

A MeteoAlentejo instalou, recentemente, mais duas estações meteorológicas no Alentejo, em Alvito e Avis. Qual a importância que estes novos equipamentos poderão ter no quotidiano destas comunidades locais?

 

Com a instalação destas duas novas estações meteorológicas, as comunidades locais passam a ter acesso a informações meteorológicas credíveis, em tempo real, nomeadamente a temperatura, o vento, a humidade e a chuva acumulada.  Todas estas informações estão acessíveis, a qualquer pessoa que tenha acesso à Internet, no nosso site: www.meteoalentejo.pt 

 

Para além destas novas estações também a estação meteorológica da Amareleja se encontra agora ativa, meses após a sua desativação, devido a problemas técnicos. Quais as suas previsões para esta estação, relativamente aos registos da temperatura estival? Continuará a bater recordes nacionais, de temperaturas máximas?

 

A nossa estação meteorológica da Amareleja está agora instalada na junta de freguesia – agradecemos, desde já, aos seus responsáveis a disponibilidade em colaborar connosco. Amareleja ganhou a fama de localidade mais quente do país, devido aos registos da anterior estação meteorológica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). No entanto, não podemos afirmar que é a localidade mais quente, uma vez que o IPMA tem estações em poucas localidades do Alentejo. O MeteoAlentejo tem estações em praticamente quase todos os concelhos do Alentejo e, pelos nossos registos, Amareleja é quente, mas não a mais quente.  Temos registado temperaturas igualmente, ou até mais, elevadas, como por exemplo em Moura e em Mértola. 

 

E relativamente ao Alentejo, em geral e para o período de verão, há alguma previsão meteorológica que nos possa já adiantar?

 

A tendência para este verão é um pouco o que temos vindo a assistir até agora. Basicamente, não se prevê grande estabilidade, ou seja: vão continuar estas variações bruscas de temperaturas – dois ou três dias de calor na ordem dos 40°C e, depois, descidas acentuadas, para a ordem dos 30°C.

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