Diário do Alentejo

AMAlentejo adia congresso devido à pandemia

15 de julho 2021 - 12:00
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O movimento AMAlentejo revelou que vai realizar o seu terceiro congresso apenas em 2022, depois de terem sido obrigados a adiar o evento por duas ocasiões, devido à pandemia da covid-19. “Face à pandemia já alterámos o congresso por duas vezes e a única certeza que nós agora temos é que ele não será feito em 2021”, lamentou Diogo Júlio, da comissão promotora do AMAlentejo.

 

De acordo com o responsável, o movimento ainda não definiu uma data para a realização do congresso em 2022, estando agora a desenvolver um conjunto de debates temáticos para preparar a iniciativa. “Não nos atrevemos sequer a apontar uma data [para o congresso] e, por isso, avançamos com um conjunto de debates temáticos que ajudarão a preparar o congresso”.

 

Na sequência desta estratégia delineada pelo AMAlentejo, o Museu da Tapeçaria de Portalegre - Guy Fino acolhe hoje, a partir das 17:30, uma das sessões preparatórias para a posterior realização do congresso. De acordo com a organização, o debate temático agendado para Portalegre é subordinado ao tema “Desenvolvimento sustentável do Alentejo, biodiversidade, sistemas produtivos, trabalho com direitos".

 

“Nós vamos contar com a participação da docente do Instituto Politécnico de Beja, Fátima Carvalho, que vem debater uma questão extremamente importante para nós, a água, o contributo da água para o desenvolvimento da região”, disse. “O professor Paulo Brito, que é investigador e docente no Instituto Politécnico de Portalegre, vai abordar as questões relacionadas com os resíduos, que contributo podem dar para o desenvolvimento da região”, acrescentou.

 

Além destes dois oradores, Diogo Júlio indicou que o debate temático vai contar também com a participação da arquiteta e dirigente do Movimento "Chão Nosso" e de Inês Fonseca, que vai “denunciar” as questões relacionadas com as culturas intensivas, o uso de pesticidas e a necessidade de “travar” este sistema de produção para “salvaguardar” as populações. "Independentemente do ponto de vista económico [culturas intensivas e uso de pesticidas] ser ou não ser rentável, há que trabalhá-lo no sentido de não criar ainda mais complicações às pessoas e aos resistentes que existem no Alentejo".

 

No debate temático vão ainda participar a coordenadora regional da União de Sindicatos do Norte Alentejano (USNA), Helena Neves, e o presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT) de Portalegre, Marco Oliveira. De acordo com Diogo Júlio, os dois sindicalistas vão abordar a temática do “trabalho com direitos, que não pode ser desassociado do desenvolvimento que queremos para a região”.

O AMAlentejo foi criado em abril de 2015 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento económico e social do Alentejo, desenvolver ações conducentes à regionalização e apoiar, valorizar e defender o poder local democrático.

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