Diário do Alentejo

Autárquicas: Vítor Picado candidato da CDU a Beja

23 de abril 2021 - 18:00

O candidato da CDU à Câmara de Beja, Vítor Picado, assumiu hoje que a coligação tem como grande objetivo “reconquistar” a maioria no município, perdida para o PS em 2017, nas eleições autárquicas deste ano. “Queremos construir a alternativa política que Beja precisa” e, “naturalmente, reconquistar a câmara municipal”, disse Vítor Picado, de 44 anos, que é vereador sem pelouro na autarquia.

 

A candidatura de Vítor Picado à Câmara de Beja foi anunciada hoje, em comunicado, pela CDU. Natural da freguesia de Cabeça Gorda (Beja) e licenciado em Psicologia Educacional, pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada, o candidato possui uma pós-graduação em Psicologia da Educação na área de Especialização de Necessidades Educativas Especiais pelo Politécnico de Beja e Universidade do Algarve.

 

Militante do PCP, Vítor Picado foi vice-presidente da Câmara de Beja entre 2013 e 2017, no executivo liderado pelo comunista João Rocha, sendo, desde 2017, vereador sem pelouro. A CDU frisa que Vítor Picado vai ser o “o rosto” de uma candidatura “assente no trabalho, honestidade e confiança, colocando esperança na construção de um outro rumo para o concelho de Beja”.

 

“É um projeto autárquico abrangente”, “alicerçado no contacto direto com a população e com os trabalhadores” e que tem “em vista a melhoria da qualidade de vida das populações”, acrescentou Vítor Picado.

 

O cabeça-de-lista da CDU adiantou que o projeto eleitoral a apresentar aos bejenses está “em construção”, passando por questões como “a gestão pública da água”, “a reivindicação por melhores acessibilidades ou “a reposição de um conjunto de direitos para os trabalhadores”, entre outras.

 

A Câmara de Beja foi conquistada pelo PS à CDU em 2017 e, quatro anos depois, Vítor Picado considerou que, “em certas áreas, houve um recuo que é notório”.

 

A título de exemplo, criticou a “subserviência político-institucional” do atual executivo “a um governo que tem votado” a região “ao abandono” e lamentou que não se tenha ouvido “uma única palavra” da câmara municipal a exigir a segunda fase do hospital de Beja.

 

Vítor Picado acusou também a maioria PS na autarquia da capital de distrito de não ter acreditado em projetos que estavam “em andamento” em 2017, como o caso da nova zona de acolhimento empresarial da cidade, que demorou quase dois anos a começar a desenvolver-se. “Não obstante [este projeto] estar a seguir o seu caminho, pensamos que estamos dois anos atrasados neste processo, assim como em muitas outras matérias”, concluiu.

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