O ministro do Ambiente e Ação Climática fez no parlamento um ponto da situação da estratégia do hidrogénio para Portugal, destacando sete projetos para Sines, desde a produção de hidrogénio a energias renováveis.
João Pedro Matos Fernandes falava uma audição regimental da Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, quando disse que o projeto da produção de hidrogénio faz parte da estratégia de acelerar a transição energética, e que a criação de um 'cluster' de projetos em Sines pretende desenvolver “toda uma nova indústria de produção de hidrogénio verde”.
Além de uma unidade industrial de eletrolisadores, ou do já divulgado Projeto H2Sines (produção de hidrogénio, energia limpa e investigação), o ministro lembrou que há em vista outros projetos, como o Projeto Fusion Fuel, a instalação de uma Comunidade de Energias Renováveis, a produção de amónia verde, ou a captura de dióxido de carbono e a criação de um “data center”.
A política do hidrogénio “tem múltiplos (projetos), autónomos e complementares” do “projeto âncora em Sines”, tendo sido já identificados outros potencias participantes, disse João Pedro Matos Fernandes, salientando que não há ainda qualquer decisão final. Está aberto, acrescentou o ministro, um aviso para apoiar projetos de investimento que visem a produção de gases de origem renovável, incluindo o hidrogénio verde, com um total de 40 milhões de euros.
Lembrando que este mês fechou a central elétrica a carvão em Sines, e que em breve encerra a central do Pego, o responsável disse tratar-se das duas maiores instalações poluentes do país, que entre 2012 e 2018 representaram entre 15% e 18% do total nacional de emissões de gases com efeito de estufa. “Portugal deixará, assim, de emitir 4,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono (valor de 2019), alcançando uma redução estimada de 31% das emissões de gases com efeito de estufa em relação a 2005”, salientou Matos Fernandes.