A construção do novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, num investimento total superior a 180 milhões de euros, é adjudicada na segunda-feira, numa sessão naquela cidade com o primeiro-ministro, António Costa. O hospital vai “nascer” num terreno na periferia da cidade alentejana e o projeto, cuja conclusão está prevista para 2023, envolve um investimento total superior a 180 milhões de euros
Este montante integra os 150 milhões de investimento programado, incluindo 40 milhões de fundos europeus, e aos quais acresce 23% do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro indicou que a cerimónia de adjudicação das obras, na qual vai estar presente António Costa, está marcada para as 10:30 de segunda-feira, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, em Évora.
O concurso público da empreitada foi ganho, em abril, pelo grupo espanhol Aciona e, no dia 23 de setembro, na Assembleia da República, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, tinha assegurado que a adjudicação deveria ocorrer até ao final deste ano.
Nesse dia, na comissão parlamentar de Saúde, José Robalo foi confrontado pelos deputados sobre atrasos na adjudicação da obra, que, por diversas vezes, motivaram críticas de partidos políticos e da Câmara de Évora.
O responsável explicou, na altura, que a demora se devia a uma “diferença em relação ao cronograma financeiro que a ARS tinha projetado” e aos efeitos da pandemia de covid-19, mas assegurou que o processo ficaria concluído até final do ano, para depois ser enviado “para o Tribunal de Contas”.
Na proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), o Governo inscreveu uma verba de quase 26 milhões de euros para os trabalhos de construção do novo Hospital Central do Alentejo.
Na final da semana passada, no parlamento, o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, anunciou que o Governo iria avançar com a adjudicação das obras do novo hospital alentejano até ao final deste mês, mas esse “passo”, afinal, vai ser concretizado já esta segunda-feira.
O novo equipamento visa dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de 1.ª linha para cerca de 200 mil pessoas e de 2.ª linha para mais de 500 mil pessoas.
Segundo o projeto, o hospital terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais, a qual poderá ser aumentada, em caso de necessidade, até 487 camas. Um total de 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro são outras valências da futura infraestrutura.